A pandemia causada pelo novo coronavírus pegou todos de surpresa e nos levou ao isolamento social. Nesse cenário, muitas pessoas passaram a trabalhar em regime home office, o que aumentou consideravelmente a demanda por aplicativos de videoconferência. Como tudo o que acontece no mundo digital, esse aumento no uso desses apps chamou a atenção dos criminosos virtuais, que começaram a colocar em práticas as suas estratégias para roubar dados dos usuários.
Logo começou uma corrida para a verificação de segurança nos aplicativos de videoconferência. Apps como o Skype, Zoom, Hangouts e Slack são os mais visados pelos criminosos, que tentam todo o tipo de estratégia, da criação de apps falsos a roubo de senhas. Um deslize, e o usuário pode ter as suas informações pessoas vazadas, além de informações bancárias.
Neste post, vamos entender o que levou a esse aumento de preocupação com a segurança nos apps de videoconferência e como podemos fazer para evitar esses ataques. Confira!
Quais foram os golpes mais comuns aplicados durante a pandemia?
Sabemos que o aumento de demanda levou ao interesse dos criminosos virtuais pela invasão nos apps de videoconferência. Mas foram dois eventos que fizeram a preocupação dos usuários aumentar.
Vazamentos no Zoom
O Zoom foi um dos apps que mais cresceram com a pandemia, pulando de 10 milhões de usuários para 200 milhões. Esse aumento de demanda revelou uma série de vulnerabilidades da aplicação, que vão desde problemas de criptografia a problemas de programação.
Foi descoberto que a aplicação compartilhava os dados dos usuários com o LinkedIn e com o Facebook, sem que isso ficasse claro para os usuários — o que vai totalmente contra as Leis de Proteção de Dados.
Outro problema recorrente foi a prática do que ficou conhecido como “Zoom Bombing”. Basicamente, o criminoso virtual conseguia invadir a reunião, sem ser percebido, e podia espionar a conversa dos demais participantes, além de poder transmitir as imagens.
Invasão de privacidade no Houseparty
Outro app envolvido em polêmica foi o Houseparty, que foi acusado pelos usuários de coletar a senha de outras aplicações e serviços. Alguns usuários alegaram que tiveram as suas contas do Netflix e Spotify hackeadas, após a utilização do app. Os casos foram se multiplicando, chegando até aos usuários que relataram a invasão de suas contas bancárias.
Quais são as melhores alternativas ao Zoom?
Se o Zoom e o Houseparty não estão 100% seguros, quais apps posso utilizar para substituí-los? Neste tópico, vamos apresentar algumas alternativas. Acompanhe.
Skype
Um dos programas mais tradicionais quando o assunto é chamada de vídeo, o Skype apresenta versões para desktop e dispositivos móveis, além de versões para browser — Google Chrome e Edge.
Com a aplicação da Microsoft é possível reunir até 50 pessoas simultâneas e o app apresenta uma série de ferramentas, como o compartilhamento de arquivos, de tela, além da gravação das chamadas no próprio app.
Hangouts
O Hangouts é o aplicativo de videoconferência do Google, disponível gratuitamente e que permite a reunião de até 10 pessoas de forma simultânea. O app pode ser utilizado diretamente no navegador ou pelo app para dispositivos móveis e permite o compartilhamento de dados e de tela.
FaceTime
O FaceTime é alternativa da Apple para a realização de videoconferências, sendo nativo dos dispositivos da marca da maçã. Para se conectar, o usuário precisa utilizar o seu ID Apple ou número de telefone e poderá fazer uma chamada com no máximo 32 pessoas de forma simultânea.
Como evitar problemas de seguranças em apps de videoconferência?
A prevenção contra hackers nos aplicativos de segurança é bem parecida com os demais softwares, com alguns detalhes específicos. Veja abaixo algumas medidas que podem ser tomadas para que você não seja vítima desses ataques. Confira!
Proteja o seu acesso
A proteção de acesso deve ser sempre a primeira camada de segurança para quer proteger a sua conta, em qualquer site ou app. Por isso, é importante sempre utilizar senhas fortes, além de trocá-las de forma periódica. Outra solução de segurança de acesso é a autenticação de dois fatores, que permite que você confirme o login em outro app ou dispositivo, criando uma camada extra de proteção para os dados.
Limite a quantidade de participantes
Um dos problemas de segurança do Zoom aconteceu justamente pela facilidade de entrada nas videoconferências com muitos participantes. Menos pessoas participando significa menos portas de entrada para eventuais ataques, além de facilitar o controle de todos os participantes.
Tome bastante cuidado ao compartilhar o seu usuário e os links que permitem a entrada de usuários que não tenham cadastro nos apps, pois é daí que podem vir os ataques silenciosos.
Certifique de encerrar a chamadas
Os dois problemas de invasão que ocorreram no Zoom foram decorrentes do esquecimento dos usuários na hora de encerrar a chamada. O que possibilitou as invasões foi a forma como o app organiza as opções de segurança, que permite que os próprios usuários definam o momento em que eles fecharão a sua reunião e colocarão a senha de acesso. O resultado é que, acostumados com aplicações que fecham de forma automática, os usuários esqueciam de encerrar de forma recorrente no Zoom.
Escolha o aplicativo com cautela
Por desconhecer os problemas de segurança, muitos usuários correram para o Zoom em um movimento uníssono. Mas o que poucos levaram em conta é que poderiam ter optado por aplicativos mais tradicionais, que têm grandes empresas por trás e uma reputação a zelar. A boa escolha das ferramentas que utilizamos, analisando a credibilidade dos desenvolvedores é o primeiro passo para ter segurança ao utilizar um serviço.
Neste post, vimos como a pandemia de coronavírus mudou a forma como trabalhamos e aumentou a demanda pode certos serviços. A preocupação com a segurança nos aplicativos de videoconferência é um sintoma desse novo momento e poderá ser melhorada com os cuidados básico de prevenção que devemos tomar ao utilizar os serviços digitais e com a escolha das ferramentas corretas.
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