Com as empresas cada vez mais dependentes de seus ativos de TI e tendo os dados como principal fonte de insights para a gestão, o backup e o restore de dados se tornam mais do que necessários. O backup entra como uma medida preventiva contra a perda definitiva de dados e o restore garante que haverá uma boa recuperação desses dados e a manutenção dos negócios da empresa.
Apesar de ambos terem a mesma importância, há muito mais conteúdo sobre backup do que sobre restore. Para ajudar a dar um equilíbrio, visando a importância do conhecimento sobre restore de dados, trazemos neste post um compilado com as principais informações sobre esses processos. Confira!
O que é restore de dados?
A rotina de backup é realizada em duas etapas bem definidas:
- primeira etapa — uma cópia dos dados é enviada para um armazenamento seguro;
- segunda etapa — quando esses dados precisam ser recuperados, retornando para os seus armazenamentos de origem.
O restore de dados consiste na recuperação dos dados durante a rotina de backup, com o intuito de garantir que as informações armazenadas estejam intactas. Na hora de oferecer os serviços de TI, muitos gestores vendem o backup como uma simples cópia de segurança e não criam uma estrutura sólida para fazer a restauração desses dados quando solicitado.
Isso pode gerar uma grande confusão, afinal, não basta apenas que os dados estejam armazenados de forma segura, a função de um backup é garantir que a empresa continue produtiva após um desastre e isso inclui o acesso a esses dados em momentos emergenciais e a rápida recuperação dos negócios.
Como implementar o backup e o restore?
Há uma grande confusão entre os gestores de TI quando eles acreditam que uma boa rotina de backup deve ser pautada por uma ferramenta específica ou por uma tecnologia. Para que um backup seja bem estruturado ele precisa estar baseado em processos, com monitoramento das rotinas, gerenciando as cópias de backup e fazendo coleta de informações para análises.
É importante entender que backup e restore vão muito além da criação de cópias de informação. É importante que seja desenvolvida toda uma expertise em toda a rotina de backup e nos seus pontos principais, garantindo que a empresa tenha acesso às suas cópias de segurança com a qualidade necessária.
Garantindo que o backup e restore sejam realizados corretamente
Para assegurar que o backup e restore serão realizados corretamente, o gestor deve focar no monitoramento. Nesse cenário, além de manter um olhar constante nas rotinas, é importante que sejam feitos alguns testes de recuperação periódicos, para garantir que o sistema será eficiente quando for acionado. Quanto mais próximo e minucioso for esse monitoramento e os testes, maior será a excelência no momento de execução desses procedimentos.
A tecnologia tem a sua importância para a viabilização da prestação de serviço de backup e restore, porém, sozinha, ela não garantirá a segurança e agilidade quando houver a real necessidade de recuperação e manuseio dessas informações.
A criação de uma boa rotina de backups deverá considerar alguns pontos, pois cada empresa tem a sua própria demanda, inviabilizando a criação de um modelo padronizado. Veja a seguir quais são os pontos principais que devem ser contabilizados na estruturação de um plano de backup e restore de dados.
Verifique o volume de dados
A velocidade do restore de uma cópia de dados é proporcional ao volume de informações que estão armazenadas. O volume de dados tem reflexo na limitação técnica e operacional dos dispositivos e sistemas utilizados nas rotinas de backup e restore. É importante considerar a velocidade de transmissão de dados entre o local de armazenamento de segurança até o ponto de restauração.
Nesse pacote temos que considerar a mídia em que os dados foram gravados, a velocidade de download e upload, os meios de transporte de dados, a distância entre os servidores etc.
Sejam quais forem as circunstâncias, conhecer a fundo essas especificações é primordial para que seja conhecido o tempo de trabalho que será necessário, tanto para a proteção, quanto para a recuperação.
Dessa maneira, a empresa conseguirá sempre contar com o ponto de restauração mais recente possível, pois o gestor conseguirá achar o timing certo para manter o sistema sempre atualizado com a cópia de segurança e pronto para efetivar o restore, em caso de necessidade.
Avalie a relevância dos dados
Com as empresas mergulhadas na transformação digital, usando os ativos de TI em praticamente todos os seus processos, todas as suas interações acabam gerando dados. Nem todas as informações contidas nesse “mar” de dados têm relevância para a continuidade dos negócios, em uma situação emergencial.
Todos os dados têm algum valor para a gestão e para os processos de business intelligence, mas, em casos emergenciais, em que há a necessidade de agilizar a recuperação, é importante priorizar somente o essencial.
Nesse cenário, o ideal é que seja feita a segmentação das entradas de dados mais relevantes realizadas nas máquinas e nos servidores. Assim, é possível garantir que haja uma seletividade maior dos arquivos que são utilizados com maior frequência, realizando assim um refinamento da estratégia de backup periódico e garantindo uma maior seletividade no restore de dados.
Priorize a segurança dos dados
Quando o assunto é segurança de dados nas estratégias de backup e restore de dados, os gestores sempre indicam uma regra conhecida por 3-2-1. Essa regra consiste em:
- devem ser realizadas 3 cópias de segurança;
- essas cópias deverão ser distribuídas em 2 tipos de armazenamento;
- no mínimo uma dessas cópias deverá estar fora do perímetro da empresa.
A lógica desse conceito é simples, pois a primeira regra remete a rotina de precaução básica, elaborada com o plano A,B e C, que estipula a necessidade de ao menos 3 cópias de segurança. Depois há uma nova recomendação de precaução, que indica que as cópias devem ser registradas em pelo menos 2 formatos de armazenamento, físicos ou virtuais — HD, SSD, nuvem etc.
E por último, deve ser considerado, além da proteção virtual dos dados, a proteção física dos dispositivos. Há uma série de riscos que podem fazer com que os equipamentos que estão no interior de uma empresa percam a utilidade, como os desastres naturais e os causados por acidentes, como incêndios, curtos-circuitos etc,
Como vimos, o backup e o restore de dados são dois processos essenciais para as empresas que estão imersas na transformação digital e que tem a tecnologia como “locomotiva” dos negócios. Tão importante quanto criar um armazenamento de dados seguro é planejar como será a recuperação desses dados após um desastre, estudando maneiras de torná-la cada vez mais ágil.
Gostou do post? Então, continue com a gente e confira mais uma dica para otimizar a infraestrutura de TI de sua empresa: entenda a diferença entre servidor dedicado e compartilhado, e qual opção escolher.