Imagine ter que memorizar sequências de números para acessar seus sites favoritos diariamente. Embora isso fosse possível para alguns, qualquer novo endereço tornaria a tarefa, no mínimo, exaustiva. Felizmente, temos o sistema de nomes de domínio (DNS), que traduz sítios em números IP de forma eficiente.
Dentro desse contexto, o registro DNS CNAME se destaca. Ele é usado para criar um alias, permitindo que um domínio aponte para outro. Por exemplo, é possível configurar o subdomínio blog.exemplo.com para apontar para www.exemplo.com, facilitando o gerenciamento dos seus endereços sem a necessidade de criar registros IP para cada um.
Mas afinal, como funciona esse tipo de DNS? Esclareça dúvidas como essa neste artigo que preparamos. Aqui, detalhamos como esse registro opera, o passo a passo para configurá-lo e as melhores práticas, sem complicações. Vamos lá?
O que é registro DNS CNAME?
O registro CNAME (Canonical Name Record) é um tipo de registro dentro do sistema de nomes de domínio (DNS) que associa um nome de endereço a outro, funcionando como um alias.
Nesse aspecto, em vez de ligar diretamente um site a um protocolo de internet, o CNAME redireciona um domínio ou subdomínio para outro, que já está vinculado a um endereço por meio de um registro ou outro tipo de configuração DNS.
Por exemplo, suponha que o subdomínio site.example.com tenha um registro CNAME que aponta para “example.com” (sem o “site”).
Esse detalhe significa que, ao consultar os registros DNS de site.example.com, o servidor de DNS realiza uma nova busca para example.com, retornando o endereço IP associado a esse domínio por meio de seu registro. Dessa forma, podemos dizer que example.com é o canônico (nome verdadeiro) de site.example.com.
Conheça os demais tipos de registros DNS
Além do registro DNS CNAME, detalhamos os outros principais tipos de registros DNS, com suas particularidades para o funcionamento otimizado da sua hospedagem. São eles:
- registro A — responsável por associar um domínio ao seu respectivo endereço IP;
- registro AAAA — redireciona um domínio ou subdomínio para outro, sem fornecer um endereço IP;
- registro MX — encaminha os e-mails para o servidor de correio eletrônico;
- registro TXT — permite que o administrador armazene informações em formato de texto no registro (são comumente utilizados para reforçar a segurança de e-mail);
- registro NS — registra o servidor de nomes associado a uma entrada DNS;
- registro SOA — cataloga dados administrativos relacionados a um domínio;
- registro SRV — define uma porta para serviços específicos;
- registro PTR — retorna um nome de domínio em consultas de DNS reverso.
Como esse tipo de registro opera?
O registro DNS CNAME atua como uma referência que aponta um domínio ou subdomínio para outro sítio, em vez de diretamente para um endereço IP. Isso ocorre porque, quando um usuário digita um domínio no navegador, o DNS resolve esse nome para um endereço IP.
No caso de um registro CNAME, o DNS percebe que o domínio que o usuário inseriu é um “apelido” para outro domínio. Então, ele redireciona a solicitação para o nome canônico (original) apontado pelo CNAME. Depois que esse parâmetro é identificado, o DNS resolve esse domínio para o IP final.
Uma de suas principais aplicações é a criação de subdomínios externos, como uma página de hospedagem ou serviço de e-mail. Além disso, ele faz a associação de diferentes nomes para um único servidor, o que proporciona balanceamento de carga ou configuração dos serviços em diferentes regiões.
Como fazer a configuração do registro CNAME?
Agora, separamos um passo a passo simples para criar o registro CNAME. Veja só!
Acesse o painel de controle do seu provedor de DNS
Dependendo de onde foi registrado o seu domínio, será preciso acessar o painel de controle DNS da sua conta. Esse recurso também está disponível aqui na ValueHost!
Os painéis de controle também podem diferir em vários aspectos, como funcionalidades extras, usabilidade e os sistemas operacionais nos quais são compatíveis. Em geral, a maioria oferece uma ampla variedade de ferramentas.
Embora a lista de recursos possa variar, as principais categorias de ferramentas são o gerenciamento de DNS, contas de servidor, backups e o gerenciamento de infraestrutura.
Vá até a seção de gerenciamento do DNS
Após acessar o painel de controle, procure uma opção como “Gerenciamento de DNS” ou “Configurações de Zona DNS”. Se você administra vários domínios, será necessário escolher o específico no qual deseja configurar o CNAME. Clique no nome do domínio ou na opção de “Gerenciar” ao lado do domínio.
Adicione o novo registro
Na maioria dos painéis de controle, será possível visualizar uma opção para adicionar um novo registro DNS. Clique na opção “Adicionar registro” e escolha CNAME.
Preencha os detalhes do CNAME
Esse é o momento de preencher as informações sobre o alias, o valor (target/host) e o TTL (time to live).
O alias é o campo em que você especificará o nome do subdomínio que deseja configurar. Por exemplo, se quiser que o subdomínio seja “blog.exemplo.com”, basta inserir “blog” nesse campo.
No campo valor, será inserido o domínio canônico (para o qual você está criando o alias). Por exemplo, se deseja que “blog.exemplo.com” aponte para “www.exemplo.com”, adicione esse endereço no campo de valor.
Após preencher todos os detalhes, salve o novo registro CNAME. A propagação da configuração pode levar alguns minutos ou até 48 horas em casos extremos.
Quais são as boas práticas ao utilizá-lo?
Estes são os principais aspectos que devem ser considerados para o melhor aproveitamento do registro DNS CNAME.
Utilize esse registro apenas para subdomínios
O registro CNAME não deve ser usado para o domínio raiz (ex: exemplo.com). Para isso, utilize registros A (Address Record) ou registros ALIAS/ANAME, dependendo do provedor de DNS. A razão é que este deve apontar diretamente para um endereço IP, enquanto um CNAME redireciona para outro nome de domínio.
Evite encadeamento excessivo de CNAME
Um CNAME pode apontar para outro semelhante, o que às vezes é necessário, mas deve ser evitado sempre que possível.
O encadeamento excessivo aumenta a latência na resolução de DNS, já que este precisará resolver vários nomes antes de chegar ao endereço final. Esse detalhe pode causar lentidão no carregamento do site ou na resposta de serviços.
Certifique-se de que o registro canônico tem um registro válido
É importante lembrar que o CNAME redireciona a solicitação para outro nome de domínio. Certifique-se de que o domínio de destino tenha um registro DNS válido, que aponta para um endereço IP, ou outro registro CNAME que eventualmente chegue a um IP.
Evite usar o CNAME em serviços sensíveis à performance
Seu uso pode aumentar o tempo de resolução de DNS, pois envolve consultas adicionais para resolver o nome canônico. Para serviços sensíveis à performance, como servidores de e-mail ou sistemas de tempo real, o ideal é utilizar registros A diretamente, que apontam para o IP.
Como vimos, o registro DNS CNAME oferece melhor desempenho ao permitir que um domínio aponte para outro. É uma excelente opção para configurar subdomínios externos, especialmente em serviços de e-mail e no balanceamento de servidores.
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