Alguns dos nossos clientes não conseguem entender exatamente o que é RAID e como essa solução tecnológica é utilizada. Dessa forma, eles ficam impedidos de tirarem proveito dessa tecnologia em seus servidores. Veja neste artigo os tipos de RAID para decidir qual atenderá melhor sua necessidade. E, saiba que aqueles que trabalham com armazenamento de dados e com segurança da informação, em algum momento, já devem ter se deparado com esse termo.
Compreender o funcionamento desses mecanismos é extremamente importante para que esse sistema de segurança possa ser utilizado de maneira correta e eficaz. Se você é um desses empreendedores ou gestores que têm dúvidas sobre o conceito de RAID e qual é a lógica de seu funcionamento, nós vamos explicar neste artigo.
Deseja saber o que é RAID e quais são os tipos existentes? Continue a sua leitura e descubra!
O que é RAID?
No universo corporativo da atualidade, as informações estão sendo armazenadas de maneira digital e a maioria das ações são realizadas por intermédio dos computadores. Nesse cenário, entender o que é RAID para saber qual é a tecnologia ideal para a sua empresa é vital para o bom andamento dos negócios. Se sua organização não se adequar e não tomar a atitude certa com relação a essa solução tecnológica, o futuro de seu empreendimento pode estar comprometido.
RAID (redundant array of independent disks) ou conjunto redundante de discos independentes, nada mais é do que uma tecnologia utilizada principalmente em servidores, que consiste em um conjunto de dois ou mais discos rígidos. A ValueHost oferece diversas opções de RAID, que estão disponíveis no momento em que o cliente adquire um servidor dedicado. Os servidores são completamente personalizáveis ao longo do processo de pedido para adicionar opções de RAID.
Essa junção de discos rígidos forma uma unidade lógica e as mesmas informações que são arquivadas em um desses HDs, que também está disponível em outro HD. Traduzindo em outras palavras que são mais fáceis de entender, um RAID é quando vários HDs funcionam como se fossem um só.
Essa ferramenta é responsável por não deixar uma empresa parar devido ao fato de ter eventualmente perdido alguns dados, tendo em vista que as informações estarão salvas. Os dados poderão ser acessados pelos profissionais que necessitam utilizar os arquivos para fazer o seu trabalho.
Criar uma estrutura RAID servirá para melhorar o desempenho de seus computadores ou notebooks e para conseguir extrair ótimos resultados das atividades da sua empresa. Afinal, a tecnologia vai melhorar a performance de todo o seu sistema informacional. Siga em frente e entenda ainda mais sobre o assunto!
Quais são os tipos de RAID existentes?
Basicamente, existem dois tipos de RAID, os que são de hardware e os de software. Os primeiros estão ligados diretamente na placa-mãe do notebook ou computador. Caso essa placa não seja a ideal para esse tipo de operação, ela pode ser substituída por uma placa de controle.
O hardware serve como um distribuidor de dados que é capaz de conectar dados dos discos rígidos com a placa-mãe. Com essa interligação é possível formar uma estrutura RAID.
Já no caso do RAID de software, o custo pode ser bem menor e a facilidade de instalação é maior. Para isso é preciso ter um sistema operacional preparado para utilizar esse tipo de tecnologia. Os cuidados que devem ser tomados geralmente estão ligados aos vírus que devem ser evitados.
Os RAIDS também são conhecidos como os populares HDs. Existem alguns tipos de RAIDS e cada um deles têm uma finalidade diferente. Alguns são mais utilizados para a segurança e outros para o desempenho. Não existe uma escolha padrão, sendo que a seleção vai depender da necessidade da empresa. Veja abaixo os tipos existentes!
RAID 0
RAID 0 também é conhecido como striping e ele apenas distribui as informações entre os discos. Um exemplo bem prático é que se houverem dois discos em um DVR (Digital Video Recorder), parte dos dados serão gravados em um disco e a outra parte no outro. Caso um disco esteja com problema, as informações serão perdidas.
Esse RAID tem como objetivo principal melhorar o desempenho do servidor, contudo a sua confiabilidade é quase zero. Ao optar por usar o RAID 0, todos os discos passam a ser acessados como se fossem um só. Os arquivos são fragmentados nos vários discos, permitindo que os fragmentos possam ser lidos e gravados simultaneamente.
Sem contar que usando o RAID 0, a performance fica em um patamar próximo da velocidade de todos os discos. Ao usar 4 HDs com uma taxa de transferência de 50 MB/s (em leituras sequenciais) em RAID 0, você teria uma taxa de transferência total de quase 200 MB/s em muitas situações. Entre as vantagens de se optar pelo RAID 0 estão:
- excelente desempenho;
- baixo custo.
Existem também desvantagens com o seu uso e entre elas está o fato de que o RAID 0 não tem espelhamento e redundância e é sem paridade. Sendo que também não é recomendado usar em sistemas críticos. Caso alguns setores do HD apresentem falhas, os arquivos podem não ser recuperados.
RAID 1
Esse RAID usa espelhamento para armazenar seus dados em duas ou mais unidades. Ele não oferece um aumento no desempenho, mas protege contra falhas. Na prática, será como se você tivesse apenas um disco rígido instalado, mas caso o disco titular falhe por qualquer motivo, você terá uma cópia de segurança armazenada no segundo disco. Entre os benefícios dessa tecnologia estão:
- bom desempenho;
- excelente redundância com blocos espelhados.
Ao utilizar esse RAID é como se fosse feita uma cópia do disco. Isso é ótimo por que no caso de haver algum erro, os dados não serão perdidos. Mas, como todo bom HD tem algumas desvantagens, com o RAID 1 não é diferente. Entre os pontos fracos estão a escrita demorada e o custo mais elevado.
RAID 2
RAID 2 detecta falhas nos discos rígidos e checa os erros. Todos os discos são monitorados por esse mecanismo. Vale a pena lembrar que com os avanços tecnológicos, muitos HDs já saem de fábrica com esses mecanismos e por essa razão essa opção já não é mais tão utilizada pelas empresas.
RAID 3
Um dos discos da matriz se torna responsável por guardar informações de paridade. Suas maiores vantagens são a confiabilidade na proteção dos dados, controle de erros e leitura e escrita muito rápida. Já a desvantagem é que sua montagem é via software e é mais complexa.
RAID 4
No RAID 4, os dados são divididos entre os discos. A grande vantagem é a possibilidade da reconstrução das informações. Essa é a opção mais indicada para arquivos de grande porte. Além disso, a taxa de leitura é muito rápida e a área dos discos físicos pode ser aumentada. Porém, em contrapartida, a gravação é mais lenta.
RAID 5
É um modo muito utilizado em servidores com um grande número de discos. Ele utiliza um método bastante engenhoso para criar uma camada de redundância, sacrificando apenas uma fração do espaço total, em vez de simplesmente usar metade dos discos para armazenar cópias completas, como no caso do RAID 1.
RAID 5 no mínimo de 3 discos, bom desempenho, blocos com dados fragmentados, boa redundância e paridade distribuída. É interessante considerar a evolução das versões 2, 3 e 4, já que existe maior agilidade na identificação de erros.
Vale ressaltar que os equipamentos de storage que operam com o RAID 5, na maioria das vezes, suportam a função hot swap, que permite que um dos discos seja trocado sem que o aparelho tenha que ser desligado. Esse é mais um ponto positivo.
RAID 6
No caso do RAID 6, ainda que dois HDs venham a parar de funcionar ao mesmo tempo, as informações não serão perdidas. Essa é uma opção considerada segura e um de seus pontos positivos é ela é extremamente confiável. O ponto negativo é que precisa de pelo menos 3 HDs para que a tecnologia possa ser implementada.
RAID 10
Em uma implementação RAID 10 ou RAID 1+0, os dados são segmentados através de grupos de discos espelhados, isto é, os dados são espelhados primeiro para, depois, serem segmentados. Nessa implementação, você vai unir o conceito do RAID 0 e do RAID 1 e vai ter ao mesmo tempo ganho de desempenho e redundância. Esse tipo de implementação é a mais usada para servidores que precisam de um bom desempenho e redundância. Entre suas particularidades estão:
- mínimo de 4 discos para funcionar corretamente;
- excelente redundância e os seus blocos são espelhados;
- excelente desempenho, blocos com dados fragmentados.
- a melhor opção para qualquer tipo de aplicação crítica, especialmente de bancos de dados.
O sistema dessa tecnologia pode ser usado sempre com números pares de discos e com mais de quatro HDs. A metade dos HDs salva dados e a outra parte faz as cópias de segurança das informações. Uma das suas desvantagens é que os drivers devem ficar sincronizados em velocidade. Dessa forma, a performance do RAID 10 vai ser ainda melhor.
Enfim, agora que você já sabe o que é e quais são os tipos de RAID! Se acontecer algum problema com o seu disco rígido, conte com o apoio de uma equipe para realizar a manutenção do sistema. Com profissionais qualificados, os dados que hoje são considerados bens valiosos para as empresas, serão mantidos em segurança.
Gostou do nosso post? Entre em contato conosco e descubra quais são as opções tecnológicas que temos a oferecer!