A transformação digital já é realidade e as empresas que não se enquadrarem nesse novo momento tendem a ser suprimidas pela concorrência. Não é incomum ouvirmos, em todos os setores de uma empresa, termos como, backup, proteção de dados, computação em nuvem e open source. Esses termos, unidos, oferecem camadas de segurança para os dados, protegendo um ativo que é cada vez mais importante dentro da empresa, a informação.
Uma das alternativas para a proteção desses dados é a utilização da plataforma OpenStack. A computação em nuvem é um dos principais pilares da transformação digital e da inserção de empresas que antes não teriam como investir pesado em tecnologia, em um ambiente em que elas podem concorrer de igual para igual com os seus pares mais poderosos.
Neste post, vamos entender o que é computação em nuvem e como a plataforma OpenStack está abrindo caminho para a criação de ambientes personalizados e eficientes. Confira!
Por que cuidar dos dados de uma empresa?
A preocupação com a segurança e integridades dos dados corporativos cresce de acordo com o aumento da produção de dados dentro das empresas e da importância cada vez maior que essas informações têm para a tomada de decisão estratégica para o negócio.
A cultura data driven, em que os dados passam a ser a principal fonte de insights para as mais diversas tomadas de decisão dentro da empresa, faz com que as organizações olhem os dados como um de seus ativos mais valiosos, sabendo que, se eles caírem em mãos erradas, isso pode custar caro.
Além disso, há a questão do compliance, com as novas leis de proteção de dados sendo implementadas no mundo todo, como a LGPD, no Brasil, aumenta-se a responsabilidade das empresas que trabalham capturando e tratando os dados de terceiros, dando total autonomia e poder de decisão aos titulares.
Por outro lado, os criminosos virtuais estão sempre criando novas estratégias para encontrar vulnerabilidades nos sistemas empresariais. Um dos principais métodos de invasão é o Phishing, que os criminosos utilizam para tentar executar ataques como o ransomware, em que os hackers sequestraram os dados de uma empresa e pedem um resgate para liberá-los.
A computação em nuvem garante uma forte camada de segurança, pois os dados ficarão sobre responsabilidade de empresas que estão preparadas para proteger um volume considerável de dados e com um backup reforçado, garantindo redundância e recuperação de qualquer arquivo que possa sofrer alterações indevidas.
O que é a computação em nuvem e por que implementar em seu negócio?
Computação em nuvem, ou cloud computing, em inglês, é um termo que se refere a uma arquitetura formada por vários servidores, que permite a compra e venda ou revenda de recursos computacionais, como armazenamento, processamento, infraestrutura, plataformas, servidores VPS e softwares. Todos esses serviços são disponibilizados de maneira remota, via internet, por um provedor que mantêm uma grande infraestrutura.
A nuvem dá uma oportunidade para que as pequenas e médias empresas consigam operar com o que há de melhor em TI, sem a necessidade de fazer grandes investimentos em infraestrutura física e contratação de pessoal, permitindo que as empresas evoluam e se tornem mais competitivas.
Se a empresa necessita de mais armazenamento, em vez de comprar HDs e montar novos servidores, basta trocar de plano, ou seja, a escalabilidade é rápida, permitindo uma rápida resposta às demandas de mercado.
Como funciona a computação em nuvem?
A computação em nuvem reduz drasticamente a necessidade de instalação de suítes de softwares nos computadores corporativos, pois todo o sistema fica disponível remotamente, bastando uma boa conexão com a internet para acessá-lo via navegador.
O provedor fica responsável pela manutenção, atualização dos sistemas, segurança e gestão da infraestrutura em nuvem, diluindo os gastos entre os clientes e deixando o valor dos planos mais acessível. As empresas podem desde migrar apenas o seu sistema de gestão para a nuvem, até fazer a transição completa de sua infraestrutura, reduzindo drasticamente os custos.
Quais são os principais tipos de nuvem?
Existem 3 tipos de nuvem quando falamos de implementação local, a privada, a pública e a híbrida, cada uma com uma característica e para um objetivo diferente. Para que você saiba qual tipo deve utilizar na sua empresa, fizemos um resumo dos três abaixo. Confira!
Nuvem pública
A nuvem pública, como o nome sugere, é aquela que tem os seus serviços vendidos de forma aberta pelos provedores. Não há exclusividade de ambiente, cada usuário compra um pedacinho da infraestrutura e todos os custos com manutenção e atualização dos servidores ficam por conta do provedor, que repassa o valor diluído entre os clientes, o que torna o custo mais barato
É o tipo de nuvem mais popular e acessível, que permite que empresas pequenas consigam ter acesso a tecnologias de ponta e escalabilidade rápida, sem grandes investimentos.
Muitos provedores de hospedagem disponibilizam planos utilizando esse tipo de nuvem, oferecendo muito mais escalabilidade e segurança para os clientes. Aliar a computação em nuvem com um bom painel de controle de hospedagem eleva o patamar de atuação dos administradores de site.
Vantagens da nuvem pública:
- permite a redução de custos, eliminando a necessidade de gerenciamento de softwares e hardwares, que passam a ser de responsabilidade do provedor;
- mesmo uma empresa média ou pequena, que não teria condições de manter um servidor dedicado, pode ter acesso a tecnologias de ponta atualizadas, sem se preocupar com gestão;
- a escalabilidade é imediata, facilitando a rápida resposta às demandas de marcado e tornando a empresa mais competitiva.
Nuvem privada
A nuvem privada, como o nome sugere, é um ambiente exclusivo, que é utilizado por uma única empresa, que fica responsável pelo planejamento e gestão de toda a tecnologia. A nuvem privada pode ser instalada em um servidor na empresa ou terceirizado.
Com o uso exclusivo, o gestor da nuvem pode definir que tem acesso ao ambiente, podendo mapear com mais precisão todos os movimentos feitos na infraestrutura e criar o plano de segurança que achar mais adequado.
Apesar de ser mais cara do que o modelo público, a nuvem privada permite a personalização, podendo direcionar toda a sua infraestrutura para a sua demanda de mercado e, até mesmo, vender parte dos recursos computacionais excedentes para empresas parceiras.
Vantagens da nuvem privada:
- a empresa pode criar o sistema de segurança mais adequado e com os recursos que tiver acesso;
- alta escalabilidade;
- as mudanças na infraestrutura poderão ser feitas de acordo com as demandas da empresa, de forma muito mais flexível.
Nuvem híbrida
A nuvem híbrida é a mistura dos dois modelos anteriores, que permite às empresas que não querem virtualizar toda a sua infraestrutura ou migrar aos poucos para a nuvem, passarem por um processo de transição.
Dessa forma, o gestor poderá aliar o que há de melhor em cada solução, podendo reduzir custos em algumas áreas, e mantendo o controle total sobre a gestão de alguns recursos. A empresa pode utilizar a nuvem publicar para escalara em períodos sazonais, por exemplo.
Vantagens da nuvem híbrida:
- permite o equilíbrio de custos, pois o gestor poderá utilizar sempre o ambiente que for mais vantajoso para o momento.
- os dados mais sigilosos e estratégicos podem ficar sobre a gestão da empresa na nuvem privada, com todos os recursos sendo geridos internamente;
- a empresa ganha em flexibilidade, pois essa solução permite que seja aliada ou alternada as funcionalidades dos dois modelos.
Quais são os principais serviços de cloud computing?
Acima, falamos sobre os tipos de nuvem, agora, vamos conhecer os principais serviços que podem ser oferecidos nesse ambiente e suas características. Veja a seguir.
SaaS — Software como Serviço
O software como serviço está mudando a forma como as pessoas estão adquirindo aplicações e sistemas de gestão. Se antes era necessário comprar a licença de um produto e baixar uma suíte inteira, hoje, a maioria dos softwares está sendo vendida por assinatura e dispensando a necessidade de downloads, sendo acessados diretamente da nuvem.
Além da mobilidade, com o usuário podendo acessar o software de qualquer local e a qualquer hora, como SaaS, a responsabilidade pelas atualizações fica por conta do fornecedor e são feitas de forma automática, garantindo a performance e a segurança da aplicação.
Além disso, nesse modelo de serviço, o usuário paga apenas pelos recursos que utilizar, ou seja, ele pode optar por mais ou menos armazenamento, processamento ou acrescentar módulos específicos. Isso facilita o planejamento financeiro das empresas.
PaaS — Plataforma como Serviço
A plataforma como serviço, ou PaaS, é uma estrutura em nuvem que permite a criação, testes, desenvolvimento e lançamento de softwares em nuvem. O desenvolvedor não precisa se preocupar com a configuração da infraestrutura, se precisar aumentar ou reduzir a quantidade de recursos, basta apenas mudar de planos. É ideal para empresas que querem desenvolver seus próprios sistemas, para desenvolvedores autônomos e para quem quer vender um software como serviço.
IaaS — Infraestrutura como Serviço
A infraestrutura como serviço, como o próprio nome sugere, é a contratação de uma infraestrutura completa de TI, para atender à demanda completa de uma empresa. Nesse ambiente, a empresa poderá virtualizar servidores, criar softwares, virtualizar desktops, criar bancos de dados, redes e o que mais for necessário para criar uma estrutura completa para a gestão de TI em uma empresa.
Toda a parte de personalização, configuração, desenvolvimento e segurança fica por parte do contratante. O provedor cuida da parte física e disponibiliza os recursos de acordo com a demanda desse cliente, que só pagará pelo que utilizar.
Quais são os benefícios da computação em nuvem?
Ao longo dos tópicos anteriores, falamos sobre algumas vantagens da computação em nuvem de uma forma mais genérica. Neste tópico, faremos um resumo sobre os principais benefícios que essa tecnologia oferece para as empresas. Acompanhe!
Permite a centralização dos serviços de TI
A computação em nuvem centraliza o serviço em um único ponto, facilitando a vida da equipe de suporte, desenvolvimento e de gestão. Como não é necessário investir pesado em infraestrutura física, os profissionais de tecnologia da informação podem ser deslocados para setores mais estratégicos da empresa. Para os administradores de sites, as principais configurações poderão ser feitas com a utilização do painel de hospedagem.
Otimiza as rotinas de backup
A nuvem oferece várias maneiras para que uma empresa otimize o seu backup. Pode ser mais simples, com o armazenamento direto em um diretório em nuvem, ou contratando um serviço de backup e recuperação de uma empresa especializada em segurança, que ficará responsável pelo pronto restabelecimento do sistema em caso de avarias.
A partir do momento em que os arquivos estão hospedados na nuvem, o backup, nesse ambiente, passa a ser de responsabilidade do provedor, que deverá oferecer toda a estrutura, inclusive com redundância de servidores.
Facilita o compartilhamento de dados
Com a automação dos processos, a partir do investimento em computação em nuvem, a maior parte dos dados passa a ficar na cloud. Dessa forma, fica mais fácil integrar setores de uma empresa, com um processo de compartilhamento de dados mais fluido.
Se um gestor quer emitir um relatório, ele pode ter acesso ao desempenho de vários setores em diferentes épocas e montar um comparativo. Além disso, o profissional que estiver trabalhando no regime home office terá acesso aos mesmos dados e poderá continuar trabalhando nos projetos da mesma forma quer trabalharia dentro da empresa.
Entrega mais mobilidade
Como a nuvem é acessada via internet, seja via navegador ou app específico, ela permite que a pessoa acesse o sistema de qualquer lugar e com múltiplos dispositivos. Isso possibilita que os profissionais continuem com suas atividades, mesmo quando estão longe das suas estações de trabalho, permitindo o trabalho em regime home office ou freelancer.
Facilita a escalabilidade
Um dos principais objetivos das pequenas e médias empresas é crescer, e a nuvem, sem dúvida, é o ambiente perfeito para essa escalabilidade. Quando a empresa utiliza um servidor dedicado, na necessidade de aumentar a infraestrutura, terá que investir pesado em equipamentos e equipe especializada.
Ao optar pela comutação em nuvem, quando a demanda aumentar, bastará que gestor troque de plano para escalar. As repostas às demandas de mercado se tornam muito mais rápidas e a competitividade da empresa o aumenta.
O que é OpenStack?
O OpenStack é uma plataforma de nuvem colaborativa open source, ou seja, com código aberto, que permite aos usuários autorizados colaborar com os projetos que estão ambientados nela. A tecnologia OpenStack foi desenvolvida para atender infraestruturas como serviço, em 2010, em um projeto conjunto entre a RackSpace Hosting e a NASA.
Atualmente, a OpenStack se tornou uma empresa sem fins lucrativos e ganhou a sua independência em 2012. Com a supervisão de um conselho específico, a comunidade e formada por empresas concorrentes, como a IBM e Intel.
A tecnologia OpenStack está incorporada em sistemas Linux, permitindo a criação de ferramentas híbridas que facilitam o gerenciamento na nuvem, públicas ou privadas, sendo esse fator o que traz um dos maiores benefícios.
Além disso, ao adotar o OpenStack, o usuário poderá aproveitar os recursos e a infraestrutura que já está utilizando. Isso facilita o compartilhamento com outras empresas e otimiza a gestão do TI do data center. É essa colaboração que permite o avanço da tecnologia a garante uma maior taxa de atualizações.
Como é estruturada a arquitetura OpenStack?
A arquitetura OpenStack é estruturada em 4 camadas, que trabalham de forma ordenada pra viabilizar a melhor estrutura. Veja a seguir quais são e suas funcionalidades.
Swift
Responsável pelo armazenamento de blobs e pelo fornecimento de dados, o Swift, que tem origem nos RackSpace Cloud Files, opera de forma semelhante ao Amazon Simple Storage Service, que pertence ao ambiente do Amazon Web Services.
Glance
A camada da arquitetura chamada Glance, também conhecida como Gerenciamento de Imagens, é responsável por toda a parte de fornecimento de meios de descobrimento, armazenamento de recuperação de máquinas virtuais para o sistema.
Heat
Já a camada Heat, fica responsável por toda a organização anterior ao lançamento dos modelos OpenStack. Estão abrangidos os servidores e todas as definições de serviço para páginas e demais elementos que formam as aplicações em nuvem.
Horizon
Pra finalizar, vamos falar da camada Horizon, que tem como função fazer o monitoramento de soluções e fornecimento de painel de controle administrativo.
Quais são as vantagens do OpenStack?
O OpenStack não está ganhando popularidade a toa, além da computação em nuvem ser um dos pilares da transformação digital, o que ajuda a impulsionar essa solução, o OpenStack apresenta algumas vantagens competitivas. Veja a seguir quais são elas.
Facilita a segmentação
Uma das principais características dessa plataforma é a facilidade de segmentação entre a nuvem pública e a privada. Isso acontece porque ela possibilita a atribuição de credenciais diferentes à estrutura da nuvem.
O resultado é a separação do ambiente privado da empresa do que poderá ser acessado de forma pública. Para que essa segmentação seja criada em um servidor disponibilizado por uma empresa privada, o processo se torna mais custoso e demorado.
O OpenStack entrega uma maior liberdade para que o usuário faça a mudança na infraestrutura de dados da forma como achar melhor. Assim, será possível criar múltiplos servidores e classificá-los como públicos ou privados, sem a necessidade de solicitar cada mudança a um provedor de forma individual.
Oferece controle dos seus recursos
Para que a tomada de decisão seja estratégica, é importantíssimo que o gestor acompanhe e controle o fluxo de informação que circula dentro da empresa. Para que isso seja possível, as empresas investem pesado em tecnologia com foco na melhoria das condições de armazenamento e do desempenho do processamento de dados. O OpenStack é uma das soluções que promovem essa otimização.
Por se tratar de uma plataforma que integra uma gama de recursos de hardware e software, você poderá ter o controle de todos os recursos computacionais, volumes de armazenamento, funções de rede, além de poder fazer a verificação do fluxo de informações e do histórico de modificações de recursos, com a utilização de um API ou de um painel.
Ganha em produtividade
Enquanto as outras plataformas apresentam um ambiente que dificulta a segmentação de servidores, gerando uma maior burocracia em boa parte das decisões tomadas — como a vistoria de dados e troca do tamanho de serviço, a plataforma OpenStack, de código aberto, integra várias soluções e ferramentas que permitem a minimização do custo de tempo.
Como os recursos ficam sob o controle direto do usuário, qualquer decisão poderá ser testada, colocada em prática ou alterada de forma mais ágil.
Reduz os custos
Além de oferecer mais versatilidade, as ferramentas open source proporcionam uma boa redução de custos para a empresa. Ao manter muitas soluções de software, o gestor acaba pagando várias mensalidades mensais, uma para cada serviço, o que dificulta a organização e aumenta o custo final.
Se o usuário opta por utilizar softwares de código aberto, como o OpenStack, reduzirá consideravelmente o custo dessa infraestrutura. Além disso, aumentará a produtividade e elevará a receita do negócio, compensando assim o custo.
Facilita a personalização
Como já falamos, as soluções de código aberto podem ser alteradas pelos usuários para que atendam a suas demandas específicas. Assim, a solução se torna altamente personalizável e versátil.
Para adequar a ferramenta ao seu negócio, basta que você e sua equipe tenham conhecimento do código da plataforma e consigam editá-la. É importante, também, ficar atento à comunidade de desenvolvedores, para pegar insights e adicionar recursos já desenvolvidos por outros membros.
Oferece mais agilidade de instalação
Para finalizar, não podemos esquecer que as soluções de código aberto permitem uma implantação mais rápida, por não demandarem tanto tempo ou investimentos. Se a sua empresa já tem uma estrutura capacitada para receber esses recursos, vocês poderão pôr tudo em prática de forma rápida, sem necessidade de permissões e nada do tipo.
Dependendo da situação da empresa, isso poderá significar um grande diferencial. Caso o negócio esteja passando por alguma mudança e necessite se adaptar a um novo mercado, de forma rápida, quanto mais rápido for a implementação da solução, mais ágil será a resposta às demandas de mercado.
Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido a importância da computação em nuvem para a transformação digital e como o OpenStack se apresenta como uma plataforma de código aberto ideal para quem quer criar o melhor ambiente em nuvem e elevar o patamar da sua empresa. Entender a importância dessa plataforma na transformação digital e aplicá-la corretamente pode mudar a sua empresa de patamar.
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