Você sabe como migrar WordPress para outro servidor? Esse é um questionamento que muitos profissionais têm sobre o assunto, uma vez que um site desenvolvido nessa plataforma, em algumas situações, necessita ser migrado para outra.
Nesses casos, é necessário migrar o site de uma pasta para a raiz e após isso fazer a instalação no novo servidor. Porém, esse processo é bem mais complexo do que se parece em um primeiro momento e é preciso ter muito cuidado ao executá-lo.
Para que você não erre mais e compreenda como fazer esse trabalho, desenvolvemos este post que servirá como um guia definitivo para migrar WordPress para outro servidor. Acompanhe os tópicos a seguir e fique muito bem informado sobre esse assunto.
1. Quais os requisitos mínimos que o WordPress exige?
Antes de iniciar o trabalho de migração do WordPress para outro servidor é preciso ter sempre a certeza de que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis em relação à segurança.
Assim sendo, é recomendado que você tenha um backup de todas as informações e dados que estão no site, como layout, textos, imagens, vídeos e outros tipos de conteúdo. Dessa forma, caso ocorra algum erro e esses itens sejam excluídos por acidente, você terá como recuperá-los.
Depois de ter garantidos os recursos de segurança, é preciso atentar aos requisitos mínimos que o WordPress exige para que seja possível a migração. São eles, os seguintes:
- servidor baseado em UNIX/Linux;
- PHP versão 7.0 ou superior;
- MySQL na versão 5.6 ou superior ou MariaDB na versão 10.0 ou superior;
- Apache ou Nginx;
- módulo mod_rewrite do Apache ativo;
- extensões PHP como php_exif, php_GD, entre outras;
- suporte a HTTPS.
Todos esses itens relacionados são as definições mínimas que um servidor WordPress precisa para que possa migrar e ter um bom funcionamento. Além desses requisitos básicos, existem outros que não são totalmente obrigatórios, porém altamente recomendáveis.
Exemplo disso é a quantidade da memória PHP, a qual se indica pelo menos 64 MB. Em caso de a memória ser menor do que isso, é bem provável que o sistema não consiga instalar o WordPress corretamente ou então que não seja possível concluir o processo de instalação no servidor.
Outro ponto importante e que precisa ser analisado antes de iniciar a migração é verificar o tipo de site que você tem. Existem dois tipos de sites: os com CMS, ou seja, aqueles que possuem um painel de gerenciamento de conteúdo, e os sem CMS, que são estáticos e sem painel.
A migração de um site com CMS para o WordPress é bem mais prática do que a de um site estático. Isso se justifica porque existem plug-ins de migração que podem ser utilizados nesse caso e assim auxiliar em todo o processo.
Já no caso dos sites estáticos, a migração precisa ser totalmente manual. Tal escolha torna a migração um pouco mais trabalhosa do que por intermédio de plug-ins, pois tudo será feito individualmente, o que torna o processo mais demorado.
Apesar disso, destacamos alguns pontos positivos no que se refere a fazer o trabalho manualmente. O primeiro deles é que você terá um maior controle do conteúdo do seu site, conhecendo cada detalhe da página, como posts e tags criados. Isso facilita para uma revisão posterior, pois você terá fresca na memória as informações exportadas e poderá analisar de maneira criteriosa se elas foram transportadas para o novo espaço ou não.
Outro aspecto positivo é a experiência de aprendizagem, pois quando você migra o site manualmente, adquirirá um grande conhecimento sobre todas as funções e recursos do WordPress.
2. Quais acessos e ferramentas são necessários?
Antes de iniciar o processo para migrar WordPress, é preciso fazer um checklist que contenha ações para serem feitas antes, durante e após o processo. Após isso, é necessário conhecer os acessos e ferramentas necessários para a migração. Acompanhe nos tópicos a seguir.
2.1 Checklist
O checklist envolve tudo o que não deve ser esquecido no processo de migração. É altamente recomendável fazer essa listagem e sempre verificar se todos os itens estão sendo cumpridos, para que não ocorram erros no processo.
É recomendada a elaboração de um checklist com 7 grupos de itens que devem ser analisados. A seguir, vamos falar sobre cada um deles.
2.1.1 Backups
Falamos anteriormente sobre a importância dos backups. Sendo assim, é preciso fazer um backup geral, com todas as informações do site que será migrado. Porém, é necessário ainda fazer outros backups específicos de algumas áreas:
- banco de dados: deve-se fazer um backup com todas as informações disponíveis nos bancos de dados do site;
- arquivos gerais: nesse backup devem ser salvos os cores, os plug-ins, os temas, os uploads etc;
- arquivo .htaccess: recomenda-se um backup exclusivo do .htaccess;
- robots.txt: também deve ser salvo isoladamente o robots.txt;
- subdomínios: todos os subdomínios do site, ou seja, as seções que ele possui, precisam ter backups individuais;
- entradas DNS: devem ser listadas os diferentes apontamentos de DNS do site;
- e-mails: todas as contas de e-mail relacionadas à mesma hospedagem do site necessitam de um backup individual.
2.1.2 Banco de dados
É preciso otimizar as tabelas de todos os bancos de dados do site. Também devem ser excluídas as tabelas desnecessárias e somente após isso gerar os arquivos de exportação.
Na sequência, avalie a versão do MySQL e a que é disponibilizada no novo servidor, para que seja criado um novo banco de dados. Após isso, importe toda a estrutura.
2.1.3 Arquivos
Com os arquivos do site, é necessário ter alguns cuidados, como excluir os plug-ins que estão em desuso, analisar se todos os plug-ins rodam no WordPress, excluir temas que não estão sendo utilizados e compactar todos os arquivos para exportação.
Depois disso, é possível importar todos os arquivos para uma pasta pública e definir novas permissões para os arquivos e pastas.
2.1.4 E-mail
No que se refere aos e-mails, é preciso analisar a plataforma de uso e recriar todas as contas no novo servidor. Também devem ser recriadas as entradas MX.
2.1.5 Subdomínio
Quando o site tem subdomínios, para seções específicas, como um blog, é preciso recriá-los. Também deve ser feita uma minuciosa análise da migração do banco de dados e arquivos relacionados ao subdomínio.
2.1.6 wp-config,php
A configuração de php deve ter novas informações definidas. Para isso, devem ser renomeados: host, nome do banco de dados, usuário, senha e prefixo na tabela.
2.1.7 Entradas de DNS
Também devem ser recriadas todas as entradas de DNS que o site tiver. Além disso, as NS como SFP, CNAME, TXT, entre outras também necessitam ser recriadas.
2.2 MyPHPAdmin
O MyPHPAdmin é um aplicativo livre e de código aberto que possibilita a exportação dos dados do servidor antigo, bem como a importação no WordPress.
É importante que o desenvolvedor garanta os acessos ao MyPHPAdmin para que tudo possa ser feito conforme o necessário.
2.3 FTP ou cPanel
Para que possa ser possível fazer o download dos dados do antigo servidor e o uploud no WordPress, também é necessário ter o acesso irrestrito ao FTP ou cPanel dos servidores.
Garantindo essas ferramentas e acessos, você poderá finalmente poderá migrar WordPress para outro servidor.
3. Como fazer a migração em um ambiente local?
Para fazer a migração do WordPress em um ambiente local, deve ser feito um trabalho minucioso, seguindo um passo a passo específico. Nos tópicos a seguir vamos mostrar como tudo deve ser feito e também algumas dicas importantes. Veja!
3.1 Passo a passo
Para migrar WordPress em um ambiente local é preciso se basear nos seguintes passos:
3.1.1 Faça um .zip do WordPress
É preciso criar um arquivo .zip do seu WordPress completo. Isso é necessário para que todos os itens que estão no servidor atual migrem exatamente como estão dispostos para o novo local.
As pastas plug-ins e themes devem estar totalmente inclusas no arquivo .zip. Assim, a pasta uploads, na qual estarão as imagens e thumbnails gerados pelo WordPress, serão corretamente duplicadas no novo servidor.
3.1.2 Exporte o banco de dados
O segundo passo para exportar o WordPress para outro servidor é por meio do PHPMyAdmin do servidor local. Esse processo é simples, pois basta clicar no ícone do banco de dados do WordPress e, em seguida, escolher a opção exportar.
Algumas configurações serão sugeridas pelo sistema, mas você pode deixar tudo como está e manter aqueles que estão ofertadas como padrão. Após isso, basta clicar em executar.
Feito isso, será salvo no computador um arquivo chamado do banco e extensão .sql. Esse arquivo deve ser muito bem guardado para uso posterior.
3.1.3 Suba o arquivo .zip
Na terceira etapa do processo de migração, você precisa subir o arquivo .zip que foi criado no primeiro passo para o FTP do servidor no qual deseja colocar o seu site. A migração também pode ser feita via cPanel, de acordo com a preferência de cada profissional que realiza esse trabalho.
É preciso fazer o upload e, em seguida, extrair os arquivos para a pasta que deseja. Nesse caso, a pasta que deve ser escolhida é a raiz do FTP.
3.1.4 Crie um novo banco de dados
É preciso criar um banco de dados para o site que está sendo migrado, por meio do PHPMyAdmin. Depois de criado, anote o nome do banco, bem como o seu usuário e a sua senha para acesso.
É bem provável que o prefixo do banco de dados, por ser padrão do PHPMyAdmin, venha com o nome do usuário. Assim sendo, você pode optar por deixar o mesmo nome ou então renomear para outro de sua preferência ou melhor identificação.
3.1.5 Edite o a raiz do WordPress
O arquivo wp-config.php da raiz do WordPress precisa ser editado. É necessário colocar as informações do nome do banco de dados criado anteriormente e também do usuário e senha escolhidos. O endereço do banco que foi criado no passo anterior também precisa ser disponibilizado aqui.
3.1.6 Importe o banco de dados local
O banco de dados local do PHPMyAdmin precisa ser importado. Para isso, é necessário apenas clicar na opção importar, sem alterar nenhuma configuração. É preciso apenas selecionar o arquivo .sql e depois fazer a importação.
Feito isso, o site estará praticamente migrado. Porém, é preciso fazer uma análise nos códigos da linguagem de programação para garantir que tudo foi de fato feito conforme o previsto e nenhum erro foi ocasionado durante o processo.
3.1.7 Altere comandos do site
Para finalizar o processo de migrar WordPress, é preciso editar alguns detalhes, alterando comandos no banco de dados, para que as URLs antigas sejam transpostas para as novas URLs.
Desse modo, é preciso selecionar o banco de dados que foi importado, já no novo servidor, clicar na aba SQL e executar os seguintes processos nas linhas do programa:
- altere os caminhos absolutos da URL do site e da URL da nova home;
- altere os GUIDs;
- modifique as URLs de dentro dos conteúdos;
- substitua os caminhos das imagens;
- selecione os attachments e altere os seus GUIDs.
Pronto! Depois de tudo isso feito, o seu site WordPress estará totalmente disponível em um novo servidor.
3.2 Dicas importantes
Além dos passos anteriormente listados, também temos algumas dicas importantes para você executar durante a migração em um ambiente local. Veja!
3.2.1 Tenha cuidado com as imagens
É comum que, ao migrar WordPress, as pessoas coloquem links com as URLs absolutas das imagens. Isso pode fazer com que a imagem não apareça corretamente quando for feita a migração.
Desse modo, é preciso ter o cuidado de usar as funções do WordPress para imprimir o caminho em que a imagem está na pasta. Assim, ela aparecerá no novo servidor, sem erros.
3.2.2 Verifique o espaço da sua hospedagem
Se você vai migrar o site de um servidor para outro, é preciso verificar o tamanho disponível na hospedagem do novo endereço. Isso porque, se você tiver um site maior do que o espaço disponível no novo local, ocorrerão erros na migração.
3.2.3 Atente-se para os riscos de incompatibilidade
Quando a migração é realizada entre dois servidores online, todos os passos já citados devem ser normalmente seguidos. No entanto, os riscos de incompatibilidade são muito maiores.
Isso acontece quando o MySQL e o PHP são diferentes, sendo necessário avaliar cada caso isoladamente, com bastante atenção.
Para que você saiba mais sobre como fazer a migração entre dois ambientes online, acompanhe o próximo tópico.
4. Como fazer a migração em dois ambientes online?
Como explicamos, para migrar WordPress em dois ambientes diferentes, é preciso tomar alguns cuidados especiais. Por isso, recomendamos que sejam escolhidos entre dois métodos: o primeiro é utilizando o aplicativo Duplicator, e o segundo por meio de uma migração gerenciada. A seguir falaremos sobre cada um deles.
4.1 Duplicator
O Duplicator é um plug-in muito utilizado pelos desenvolvedores para migrar sites. Ele pode ser baixado e instalado no próprio WordPress. Em seguida, devem ser seguidos os passos relacionados na sequência.
4.1.1 Copie o site para migrar
Já com o plug-in instalado no WordPress, localize-o no menu e clique na opção Packages. Aparecerá uma mensagem escrito “No Packages Found”, indicando que você não tem nenhum pacote criado. Clique então na opção Create New. Feito isso, a cópia do seu site começará a ser feita.
4.1.2 Faça o setup
Depois de ter criado uma package, é preciso preencher um formulário que ficará disponível para você. O primeiro item é o name, que já vem com o título recebido na data de criação, mas você pode renomeá-lo, de acordo com a sua preferência.
Na aba installer, é preciso inserir os dados para ligação do novo banco de dados. Devem ser inseridas todas as informações solicitadas. Também deve ser informado o domínio da nova URL.
4.1.3 Realize scan
É preciso ser feito um escaneamento dos arquivos, bem como o banco de dados. Isso é feito automaticamente pelo sistema. É preciso marcar o checkbox ao final na página e, em seguida, clicar no botão build.
4.1.4 Faça o build
O build é o processo em que é finalizada a cópia do site, que fica compactada em um pacote, para posterior instalação em outro local.
Terminado isso, você precisa baixar dois arquivos gerados. Para isso, basta clicar nos botões Installer e Archive.
4.1.5 Migre os arquivos para o novo site
Com os arquivos referentes à instalação, você somente precisa fazer os uploads no novo servidor. Isso pode ser feito via FTP ou cPanel, do mesmo modo que indicamos anteriormente.
4.2 Migração gerenciada
A migração gerenciada é um serviço oferecido por algumas empresas de hospedagem, que faz toda a migração para você, sem que seja necessário que a sua empresa se envolva nessa atividade.
Trata-se de uma alternativa muito relevante para quem não tem os conhecimentos necessários ou simplesmente não deseja investir tempo nessa atividade. Portanto, se você não quer ter problemas e complicações, essa é a alternativa ideal.
A ValueHost oferece esse serviço aos seus clientes, visando trazer mais conforto e qualidade quando for necessário migrar WordPress.
5. Qual a importância de fazer uma migração boa?
Quando uma migração é feita, é preciso levar em consideração uma série de fatores para que tudo saia como o planejado. Apenas assim será possível garantir que o site funcione bem no novo servidor e proporcione uma boa experiência aos usuários.
Para que você entenda como migrar WordPress se forma correta e sem que muitos erros aconteçam, também listamos uma série de boas práticas que devem ser adotadas antes de iniciar esse procedimento. Veja as nossas dicas, a seguir!
5.1 Reorganize os conteúdos existentes
Antes de iniciar a migração, é interessante fazer uma análise minuciosa de todos os conteúdos que estão publicados no site e avaliar se você deseja que eles continuem publicados ou não.
No caso de um site que tenha uma aba de notícias e algumas informações já estarem bastante desatualizadas, por exemplo, pode não ser necessário mantê-las ao fazer a migração.
Também é relevante aproveitar a oportunidade e revisar possíveis erros de ortografia e gramática nos textos, bem como às aplicações do design no layout. Assim, qualquer alteração pode ser feita previamente, para que o site já possa ser migrado em sua totalidade, sem erros.
5.2 Acompanhe as mudanças no SEO
A mesma revisão dos conteúdos do site deve ser aplicada para técnicas de SEO. Assim, você terá mais chances de o site ser mais bem indexado nas buscas orgânicas no Google, quando o novo servidor estiver em funcionamento.
É preciso analisar as meta-descrições, verificar as aplicações de palavras-chave, se o layout é ou não responsivo e assim garantir que tudo esteja 100% otimizado quando você migrar as suas páginas de servidor.
Também é importante fazer o redirecionamento das URLs personalizadas do site anterior. Para isso, é recomendado fazer o uso de um plug-in chamado de redirection. Assim, se esses endereços já estiverem bem ranqueados no Google, você não perderá a sua posição.
5.3 Adote políticas de segurança
É altamente recomendado que os sites WordPress tenham políticas de segurança, com o uso de plug-ins de antivírus, por exemplo. Além disso, antes de iniciar o processo migratório, convém fazer uma varredura em todo o sistema, para encontrar possíveis vírus e objetos maliciosos, de modo que eles também não sejam copiados para o novo servidor.
5.4 Desabilite a visibilidade para motores de busca
No próprio WordPress é possível marcar uma caixa para que a visibilidade para motores de busca seja desativa. Assim, você evita que as pessoas encontrem o seu site em pesquisas no Google e outros sites de busca enquanto ele não estiver totalmente pronto no novo endereço.
Como você pode perceber, migrar WordPress é uma tarefa um tanto quanto trabalhosa, porém necessária em algumas situações. Também explicamos que existem alguns planos de hospedagem que já contam com esse serviço de migração gerenciada, como é o caso da ValueHost.
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