A licença de software é um documento que define as restrições de uso que a pessoa ou empresa pode ter em relação a um programa computacional. Além disso, ela também pode ser descrita como a permissão da companhia desenvolvedora para a utilização do seu sistema.
É por meio desse licenciamento que o usuário poderá comprovar, caso necessário, que a solução em questão foi adquirida de sua fonte original, de modo legal e idôneo. Vale deixar claro que o termo foi originado das normas de Direito, sobretudo nas que compreendem o emprego de produtos (imagens, sons, artigos, vídeos, músicas etc.) de terceiros.
Neste conteúdo, mostraremos a importância da licença de software para o seu negócio. Os benefícios são vários, assim como os problemas que podem ser evitados. Continue a leitura e confira!
Quais são os benefícios da licença de software?
Confira os principais benefícios de contar com a licença de software!
Segurança das informações
Sem a menor sombra de dúvidas, a segurança das informações é uma das maiores preocupações de uma organização. A indevida exposição dos dados — do próprio do negócio ou, em um cenário ainda pior, dos seus clientes — pode resultar em transtornos para os envolvidos.
Ao operar com softwares licenciados pelo fabricante, as chances de ocorrência de tais complicações são amplamente reduzidas. Entenda que, entre os principais cuidados dos desenvolvedores, está o de garantir que seus produtos sejam uma opção confiável e segura de usar.
Por essa razão, eles criam tecnologias e estabelecem mecanismos de proteção para evitar as ameaças relacionadas, sempre pensando na satisfação dos usuários e sua consequente fidelização.
Garantia de bom desempenho
Sistemas originais oferecem melhor performance quando comparados com os pirateados. O número de falhas e problemas é muito menor, o que favorece os trabalhos e a produtividade dos colaboradores.
É importante ter em mente que os valores pagos pela licença do software podem, por exemplo, ser facilmente compensados apenas pela melhor fluidez das suas operações — uma solução sem bugs e que funciona adequadamente agiliza os processos e colabora para o bom desempenho de suas equipes.
Atualizações frequentes
Softwares piratas não contam com as atualizações frequentes que os fabricantes disponibilizam. Isso significa que, além de não proporcionarem a segurança das informações, eles também se tornam uma desvantagem tecnológica.
A compra de um programa original (ou a contratação legal do modelo SaaS) é uma garantia de que a sua empresa terá o melhor em termos de tecnologia. Para isso, no entanto, é necessário fazer uma boa escolha no que se refere ao fornecedor e ao programa em si.
Melhora da produtividade
Já falamos que os valores “economizados” com a utilização de softwares não licenciados são perdidos ao longo do tempo. Os funcionários se tornam menos produtivos não somente devido à baixa performance dos sistemas, mas também em virtude dos problemas que eles podem causar.
E essa é uma questão que vale ser repetida, pois um negócio que é pouco produtivo dificilmente alcançará uma posição de maior destaque no seu mercado. Imagine os prejuízos e contratempos que a perda de arquivos, a necessidade de uma formatação urgente ou o vazamento de dados poderiam trazer para o andamento das operações, por exemplo.
Legalização da atividade
No início do artigo, mencionamos o fato de que a licença de software é apoiada em determinados aspectos do Direito. Nesse sentido, o ponto a destacar vai para a ilegalidade do uso de sistemas piratas, uma prática que pode acarretar multas.
Ao ser “pego” pela fiscalização utilizando programas não licenciados, a indenização que você terá que pagar aos fabricantes lesados pela pirataria das suas tecnologias pode chegar a três mil vezes o valor do licenciamento.
Portanto, se ainda existe a ideia de que a “economia” gerada pelo não pagamento das licenças vale a pena, pense novamente. O risco para as finanças do negócio é real, sem falar nos danos à imagem da sua empresa que esse tipo de autuação pode provocar.
Diante disso, é sempre bom lembrar que, ao deixar à mostra o não cumprimento das leis e o indevido uso da propriedade intelectual de outras organizações, a empresa projeta falta de profissionalismo. Atuar dentro da legalidade, pelo contrário, transparece o respeito aos demais e a idoneidade da companhia, algo fundamental para a conquista de bons parceiros comerciais.
Suporte
O que você poderá fazer quando um programa ilegal apresentar problemas? Pode ligar para o fabricante para pedir uma ajuda ou solicitar a assistência técnica? É claro que não!
Como é de conhecimento de todos, os serviços de suporte ao cliente são indispensáveis para a resolução dos possíveis impasses associados à utilização de um software, pois não tê-los à disposição pode resultar em grandes dores de cabeça, acredite.
Quais são os tipos de licença de software?
São diversas as categorias de licença de software, sendo as principais as que mencionamos a seguir.
Licença de aquisição perpétua
Um dos modelos mais tradicionais, essa licença de software é aquela na qual o sistema é comercializado como um ativo — ou seja, o adquirente ganha o direito de poder usá-lo pelo resto de sua vida. No entanto, essa forma de licenciamento não inclui atualizações e manutenções de equação, podendo adicionar despesas imprevistas no futuro.
Licenças de uso
As licenças de uso se referem à liberação de um determinado programa em somente um único dispositivo. Dessa forma, as atualizações são oferecidas como parte do acordo, porém não preveem o direito a manutenção.
ASP
Sigla para Application Service Provider, ou Provedor de Serviços de Aplicativos, em português, a licença de software ASP permite a instalação de soluções nas máquinas da empresa cobrando uma taxa mensal de uso.
SaaS
Semelhante ao ASP, o SaaS (Software as a Service, ou Software como um Serviço) também funciona como uma espécie de aluguel. No entanto, a diferença é que, em vez de ter que instalar o programa em seus computadores, você poderá acessá-lo pela internet — a computação em nuvem é a tecnologia por trás do SaaS.
Com as recentes tendências no licenciamento de sistemas computacionais, o modelo por assinatura (o SaaS) tem tudo para se tornar o mais popular de todos. Considerando que os principais fornecedores (sobretudo os de camada 1) vêm atuando, em grande parte, com base nele, não falta muito para o seu domínio.
Nessa linha, surge, ainda, um novo conceito, conhecido como “créditos de nuvem”, que são usados como uma licença simultânea. A quantidade de crédito é definida pelo fornecedor e estabelecida para um determinado período ou conjunto de recursos, sendo retirados conforme o seu uso.
Esse tipo de licenciamento é bastante recente, utilizado por apenas um pequeno número de empresas — corporações como a Oracle ainda estão em fase de teste. No entanto, esse modelo é considerado imaturo: o tempo dirá se ele vai ser bem-sucedido ou não.
Como as licenças são definidas?
Vale deixar claro que existe uma diferença entre “tipo de licença” e “definição de licença”. O primeiro grupo foi abordado no tópico anterior; agora, é vez do segundo. A maioria dos programas é licenciada por dois modelos: o proprietário e o open source, popularmente conhecido como “código aberto”.
Ambos se distinguem no que corresponde aos direitos de posse, à replicação e à modificação.
Software proprietário
De modo resumido, os softwares proprietários são aqueles que limitam a distribuição do aplicativo, a modificação, o acesso ao código-fonte e a revenda do sistema. Na maior parte das vezes, tanto essas atividades quanto a integração do código (no todo ou em “pedaços”) a novos programas não são permitidas.
Em casos em que essas regras não são respeitadas, penalidades podem ser aplicadas — as licenças costumam conter uma descrição com as orientações e normas de conduta a seguir.
Software open source
Enquanto, nas versões proprietárias, não se pode fazer nada (a não ser usá-las para o seu fim em questão), nos softwares open source, há uma certa flexibilidade de uso. Cópias, modificações e vendas — tudo isso é possível, desde que se respeitem as restrições dos desenvolvedores.
Para empresas que buscam diminuir os custos operacionais, precisando, para isso, de soluções computacionais customizadas ou, pelo menos, bem mais flexíveis, o caminho natural é o software de código aberto.
Software não licenciado
Além dos dois modelos acima, há, também, o que se chama de software não licenciado. Nesse caso, é preciso muita atenção, pois as leis do Direito Autoral podem ou não ser aplicadas.
Ao utilizar um software não licenciado, tenha a certeza de que ele não precisa de licença legal. Se precisar, providencie a documentação o mais rápido possível, pois multas e penalidades judiciais podem ser aferidas pelo uso ilícito de tecnologias da computação.
Existe um prazo de validade para cada licença?
No que diz respeito ao prazo de validade para cada licença, ela existe ou não? A resposta é “sim” e “não” ao mesmo tempo. O que ocorre, aqui, é que todos os licenciamentos têm uma duração, definida nos Termos e Condições do contrato.
O período varia de solução para solução, podendo durar para sempre. Isso é o que se chama de licença vitalícia, na qual pode ser descrita uma autorização de uso por tempo indeterminado, desde que os requisitos do contrato sejam cumpridos
Já as licenças não vitalícias são, geralmente, disponibilizadas com um prazo fixo de utilização. A permissão de uso é temporária, porém, quase sempre ela pode ser renovada após a expiração.
Quais são os riscos dos softwares piratas para uma empresa?
Veja, a seguir, quais são os principais riscos dos softwares piratas para as empresas!
Infecção por malwares
Muitos programas acabam usando os chamados crackers para que os processos de licenciamento sejam ignorados. Tais ferramentas são programas pequenos que podem elaborar senhas falsas ou, ainda, anular rotinas de verificação de autenticidade.
Contudo, não é garantido que essas ferramentas não tenham sido projetadas para se beneficiar do acesso aos recursos administrativos do computador, permitindo, assim, que outras pessoas possam fazer a instalação de malwares.
Não se esqueça de que uma boa parte dos prejuízos que um negócio pode ter nos dias atuais é originada por ataques de malware. Diante disso, é importante destacar que investir em soluções de software originais faz com que a empresa reduza a quantidade de programas que podem ser utilizados como porta de entrada para esses softwares maliciosos.
Baixo desempenho
Sistemas operacionais sempre são atualizados conforme as necessidades de quem os usa e de acordo com as tecnologias que surgem. Do mesmo modo, os softwares utilizados também são atualizados de maneira constante, para que tenham uma excelente performance.
No entanto, as versões piratas quase sempre demandam alterações no seu código, o que certamente compromete parte do processamento. Esses softwares são mais propensos a falhas e mais lentos, além de custarem mais memória ao sistema. Obviamente, isso também impacta de forma bastante negativa a tomada de decisão e a produtividade da equipe.
Um programa pirata é alterado para que possa ignorar tentativas de verificação de autenticidade. Tal processo de modificação do código fonte de um programa pode reduzir significativamente a sua performance. Como resultado, o empreendimento que instala sistemas piratas começa a ter soluções de desempenho bem baixo, quando comparado ao de um software original.
Para que você evite que o seu time de profissionais reduza a produtividade com uma solução que apresente alto índice de erros, o mais indicado é sempre investir em programas originais. Com eles, as chances de a solução manter bugs é extremamente reduzida, afinal, ela recebe updates regularmente.
Instabilidades de longa duração
Um programa falso não pode receber melhorias de desempenho e atualizações críticas de segurança pelos canais oficiais do developer. Sem dúvida alguma, estamos falando de um problema muito sério, sobretudo quando consideramos que diversos programas empresariais são complexos e formados por uma grande quantidade de linhas de código.
Como consequência, o número de vulnerabilidades e melhorias que devem ser corrigidas depois do lançamento também é muito grande. Ao investir em soluções de software originais, o seu negócio vai assegurar que os seus sistemas receberão os principais updates de segurança.
A empresa, durante todo o ciclo de vida do software, vai continuar tendo acesso a novas funções, falhas críticas e correções contra bugs. Elas vão otimizar o programa de modo contínuo, garantindo mais robustez para os sistemas utilizados na organização.
Perda de dados
Os recursos usados para fraudar os requisitos de licença de um software original, como o número de série e a chave de ativação, podem fazer com que o programa fique mais instável e com lentidão. Isso prejudica muito os dados que vão ser gerados e manipulados nele, uma vez que existem chances bem maiores de eles serem perdidos devido a alguma falha do sistema.
Já imaginou trabalhar durante um bom tempo em um relatório gerencial, e o programa fechar de repente, desaparecendo com todas as informações de que você tanto precisa? Basicamente, todas as horas investidas terão sido perdidas, e você vai precisar refazer o conteúdo — e correndo novamente o risco de ele ser perdido.
Outro cenário que pode levar ao retrabalho é quando os documentos até são salvos, porém são corrompidos por causa das falhas do programa. Ou seja, você não vai conseguir abrir os documentos devido aos erros na leitura dos dados.
Menor segurança
As empresas de tecnologia criam ferramentas bem mais seguras para os seus clientes. Caso algum deles apresente problemas com vírus, malwares e demais vulnerabilidades, a empresa fica totalmente responsável pela correção da falha, garantindo, assim, a melhor experiência para o cliente.
Já os softwares piratas não disponibilizam esse mesmo suporte, passando a ser um perfeito alvo para códigos maliciosos. Em algumas situações, o próprio programa que foi obtido de modo ilícito já pode conter algum tipo de vírus apenas esperando receber a sua permissão para que seja instalado.
Phishing
O phishing diz respeito a uma das principais técnicas de captura e roubo de informações pessoais. Essa forma de ataque, muito divulgada na internet, utiliza mensagens e páginas que fazem a simulação de conteúdos reais, a fim de levar o usuário a inserir dados privados em um campo falso ou induzi-lo a instalar softwares maliciosos, por exemplo.
As páginas de download de ferramentas piratas encontram-se entre os principais meios de divulgação de phishing. Sendo assim, a procura e a instalação de softwares falsificados podem ser consideradas um modo bem rápido e fácil de se encontrar ameaças de phishing.
Diversas páginas que hospedam programas piratas acabam usando sistemas de anúncio invasivos, que exploram falhas e bugs para divulgar conteúdos que levem um usuário a instalar softwares maliciosos. Por isso, é importante estar ciente de que o fator estratégico para melhorar a confiabilidade dos sistemas empresariais é o uso de softwares originais.
Credibilidade reduzida
O uso de um software pirata pode ser percebido por parceiros e clientes, geralmente pelos problemas de produtividade e performance. Tais falhas, quando encontradas, também acabam prejudicando muito a forma como outros empreendedores e gestores veem a sua marca, quase sempre de modo negativo.
Se os seus sócios ou clientes descobrirem que você faz uso de versões piratas de softwares, provavelmente, isso vai comprometer a sua relação. E, como é de amplo conhecimento, uma reputação ruim é o principal caminho para perder muitas oportunidades de negócio.
Crime de pirataria
É sempre bom reforçar que pirataria é crime. Distribuir mercadorias de maneira ilícita, incluindo aí os programas de computador, é uma verdadeira violação de propriedade intelectual, o que, obviamente, leva a punições bastante severas para a empresa.
Lembrando que, em caso de condenação à prisão, o empreendedor pode ficar detido por um período de seis meses até dois anos. Em alguns casos, pode ser que o dono da empresa ainda tenha que pagar uma multa, que, sem dúvida alguma, vai ser bem maior do que o preço de uma licença de software original.
Ao conhecer todos esses riscos, você já conseguir percebeu que não vale a pena instalar um software pirata, não é mesmo? São problemas que você, certamente, não quer enfrentar no seu negócio.
Quais são as formas de licenciamento de software?
Antes concluirmos este conteúdo, não poderíamos esquecer de citar as formas de licenciamento de software. Em outras palavras, as possibilidades pelas quais os desenvolvedores fazem os seus negócios.
São elas:
- Full Packaged Product (FPP);
- Original Equipment Manufacturer (OEM);
- licenciamento de software por volume.
Full Packaged Product (FPP)
A forma de licenciamento FPP se destina aos produtos de software que são vendidos em revendedores credenciados e lojas de varejo, ou seja, aqueles que você encontra nas prateleiras.
Um sistema regularizado por uma licença FPP pode ser instalado em um só computador, sendo indicado, normalmente, para organizações que não tenham mais do que 5 dispositivos em sua rede local.
Original Equipment Manufacturer (OEM)
Como o próprio nome sugere, o licenciamento OEM é vinculado a equipamentos (computadores e outros dispositivos) por meio da pré-instalação do software, ocorrida antes mesmo da compra.
Para ilustrar, basta imaginar que você tenha adquirido um notebook da marca Dell no qual o pacote Office já está inserido, faltando apenas ser instalado. Nesse caso, a Dell paga à Microsoft (dona do Office) pela disponibilização do programa — você, usuário, só precisa ativá-lo.
Licenciamento de software por volume
Como constatado, FPP e OEM são mais indicados para as empresas que operam com poucas máquinas. Para companhias de médio e grande porte, os desenvolvedores (a exemplo da própria Microsoft) oferecem um licenciamento de software por volume, permitindo a compra de licenças para diversos computadores.
Normalmente, esse método se subdivide em diferentes modelos de compra: o Open License, o Open Value e o Enterprise Agreement.
Open License
Na compra de uma Open License, a companhia faz um único pagamento para ter o direito perpétuo ao sistema. Nessa aquisição, não estão incluídas nem as atualizações, nem suporte.
Open Value
O licenciamento do tipo Open Value é uma soma do Open License com um conjunto de garantias. Em termos práticos, os softwares assim adquiridos estarão sempre atualizados, em razão do suporte técnico oferecido como parte do contrato.
Enterprise Agreement
O Enterprise Agreement é direcionado para as corporações que têm mais de 500 computadores em seu ambiente de trabalho. Por serem de grandíssimo porte, elas recebem produtos específicos e com condições especiais de pagamento.
Para finalizar, vai a seguinte observação: é possível encontrar diferentes terminologias em relação às formas de licenciamento de software. Cada desenvolvedor pode criar seus próprios nomes, porém, o modus operandi será bastante parecido. Isso, porque a indústria dos sistemas de tecnologia computacional costuma repetir os padrões.
Por último, mas não menos importante, uma dica que todo profissional (especialmente de TI) deve seguir: evitar, de todas as maneiras, a utilização de softwares piratas. Não há vantagem alguma, mesmo que pareça haver em um primeiro instante.
O que achou deste conteúdo sobre a licença de software? Se quiser conhecer quais são os programas que nós temos a oferecer, entre em contato conosco agora mesmo!
