Quando a internet se popularizou para uso empresarial e doméstico, em meados da década de 1990, eram poucos os entusiastas que pensavam que ela atingiria os patamares que atingiu hoje na sociedade.
Atualmente, utilizamos a internet para grande parte das atividades cotidianas, seja para o trabalho, seja para o lazer. A tendência é que isso se torne mais acentuado nos próximos anos, pois a internet das coisas fará com que a tecnologia esteja ainda mais inserida no nosso cotidiano.
Esse fenômeno, porém, também fará com que as empresas enfrentem novos desafios em relação à segurança, e é sobre isso que tratamos neste post. Siga conosco e entenda o que é a internet das coisas, os principais desafios que a área de TI tem com essa nova realidade e como ela interfere na segurança digital. Acompanhe!
O que é a internet das coisas?
A internet das coisas, também conhecida pela sigla em inglês IoT, que significa Internet of Things, representa os objetos conectados à internet. Trata-se de geladeiras, relógios, aparelhos de rádio e TV, móveis e até mesmo roupas que têm conexão com a web.
A escritora Martha Gabriel, no livro Eu, você e os robôs: pequeno manual do mundo digital, comenta que a ascensão da internet das coisas gerou um ser humano híbrido, ou seja, que está on-line e off-line ao mesmo tempo.
Para a estudiosa do universo tecnológico, as pessoas já não necessitam separar a sua vida em ambientes físicos com a vida digital, como acontecia até pouco tempo atrás, quando era necessário sentar em frente a um computador e fazer login para se conectar à internet.
Hoje, tudo é conectado, e as pessoas estão mudando os seus comportamentos por conta das novas tecnologias, sobretudo com a internet das coisas. Entretanto, de que forma isso tudo impacta no meio empresarial? É o que explicaremos no próximo tópico.
Como a internet das coisas reflete na segurança digital das empresas?
As empresas, principalmente em seu setor de tecnologia da informação (TI), devem estar atentas aos problemas de segurança digital que a internet das coisas trouxe. Veja, a seguir, alguns pontos que merecem atenção.
Insegurança nas interfaces de acesso
Quando tratamos de problemas gerados pela IoT, um dos principais deles diz respeito à insegurança das interfaces de acesso. Isso porque, geralmente, câmeras de segurança, smart TVs e outros dispositivos não convencionais que são conectados à internet podem ser invadidos mais facilmente do que os computadores, servidores e datacenters.
Exemplo disso aconteceu no final de 2016, quando um grupo de hackers tornou inviável o acesso a vários aparelhos caseiros comandados por eles, como babás eletrônicas e câmeras de vigilância. Esse caso, que foi tema de uma reportagem do portal Brazil Journal, serviu para mostrar a insegurança de grande parte dos dispositivos da chamada internet das coisas.
Perda de privacidade
Quando não são devidamente configurados, os dispositivos de internet das coisas podem gerar grandes problemas para as empresas. Isso acontece porque as organizações utilizam smart TVs para reuniões, possuem câmeras de segurança etc.
Além disso, é comum que os funcionários utilizem seus dispositivos móveis, como smartphones e tablets, conectados à rede wi-fi da empresa.
Tudo isso facilita que os hackers invadam os computadores da empresa e descubram suas senhas de acesso ao sistema operacional, por exemplo.
Roubo de dados
O roubo de dados está associado diretamente à perda de privacidade porque, com acesso a senhas e endereços, os hackers ou pessoas mal-intencionadas poderão ter acesso a informações sigilosas.
Isso pode fazer com que a empresa perca informações relevantes, como protótipos de novos projetos, informações de funcionários, dados cadastrados de clientes e fornecedores etc.
Quais são os principais desafios da área de TI com a internet das coisas?
Como você pode perceber, o surgimento da internet das coisas trouxe diversos pontos positivos para as empresas, como o dinamismo nas atividades e a otimização do trabalho. No entanto, também surgiram problemas referentes à segurança digital.
Isso tem feito com que a área de TI das empresas precise pensar em alternativas para ter uma infraestrutura mais segura. Desse modo, será possível usufruir dos benefícios da IoT sem ficar tão exposto a riscos.
Observe, a seguir, algumas práticas que devem ser levadas em consideração pelas empresas quando falamos em segurança com a internet das coisas.
Uso de senhas complexas
Os softwares utilizados pelas empresas precisam ter senhas complexas para que não possam ser facilmente identificadas por pessoas mal-intencionadas.
No caso de os colaboradores utilizarem as redes wi-fi da empresa para conectar dispositivos particulares, eles devem ser orientados para também colocarem senhas difíceis em seus aplicativos.
Monitoramento de rede
É preciso fazer um constante monitoramento de toda a infraestrutura das redes e, assim, identificar possíveis falhas ou invasores.
Criação de rede wi-fi oculta
Outra ação que pode ser desenvolvida é a criação de uma rede wi-fi oculta apenas para conexão dos equipamentos do tipo IoT. Assim, isolados do restante da infraestrutura, é mais difícil os dados serem perdidos.
Implementação de sistemas de firewall
Os sistemas de firewall controlam o tráfego de dados em uma rede, de modo que só permitem a transmissão e a recepção de informações autorizadas. Isso aumenta a segurança e é por isso que o uso é altamente recomendado.
Adoção de criptografia
Também é interessante que seja adotada a criptografia para a armazenagem de dados coletados pelos aparelhos conectados à internet. Isso tudo fará com que as transferências ocorram de forma mais segura.
Que a internet das coisas revolucionou toda a sociedade, não há sombra de dúvida, e isso tende a ser ainda mais evidente no futuro.
Contudo, conforme destacamos, ela também tornou a segurança digital mais vulnerável. Por isso, não deixe de levar em consideração as nossas dicas e assim garantir que a sua empresa não sofra nenhum dano ou invasão.
Gostou do assunto e quer aprender um pouco mais sobre o impacto da internet das coisas nas empresas? Recomendamos então que faça a leitura do nosso artigo Com a internet das coisas e Big Data, 92% do que fazemos estará na nuvem. Confira agora mesmo!