O conceito surgiu, de certa forma, fruto do trabalho desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Auto-ID Laboratory, recorrendo ao uso da Identificação por radiofrequência (RFID) e Wireless Sensor Networks.
A internet das coisas (do inglês, Internet of Things) está em ascensão e a prova disso é o tráfego que vem subindo e se continuar dessa forma, quadruplicará nos próximos anos. Cada vez mais surgem novos equipamentos/dispositivos que se conectam à internet. Atualmente cerca de 92% do que é utilizado hoje em dia encontra-se na nuvem.
Estimativas
Empresas como a cisco.com que faz um trabalho de medir o tráfego, publicou estimativas sobre o aumento em pelo menos 3,7 vezes até 2020. O volume de dados gerados pela Internet em todo o mundo chegará a 2,3 ZB, crescimento de 264% comparado aos 870 exabytes registrados em 2015.
Os pesquisadores também afirmam que toda esta evolução está associada a internet das coisas e o Big Data (grande volume de dados). O volume total de dados gerados pela Internet das coisas chegará a 600 ZB por ano até 2020, 275 vezes superior ao tráfego projetado de Data Centers para usuários / dispositivos finais (2.2 ZB); 39 vezes maior do que o tráfego total projetado de Data Centers (15,3 ZB).
A pesquisa também mostrou que a utilização da nuvem pública está crescendo mais rápido em relação a nuvem privada. A tendencia é que em 2020, 68% do total da utilização na nuvem se encontrarão em Data Centers com recursos em nuvem pública em comparação com 49% (66,3 milhoes) em 2015.
Aumento na utilização de SaaS
As estimativas da Cisco também mostram que enquanto o Software como Serviço (SaaS) continuará crescendo, haverá menos interesse em Infraestrutura como Serviço (IaaS). Até 2020, 74% do total das atividades na nuvem serão por software como serviço (SaaS). A plataforma como um serviço (PaaS) também verá um certo impulso mas não será um aumento significativo.
Os analistas da Cisco explicam que o menor crescimento percentual de IaaS pode ser atribuído à crescente mudança de fornecedores de nuvem privada para nuvem pública. À medida que as ofertas SaaS ganham em sofisticação, esses provedores podem oferecer suporte IaaS nos bastidores.
“Na nuvem privada, implantações iniciais foram predominantemente IaaS. Os tipos de testes e desenvolvimento de serviços em nuvem foram os primeiros a serem utilizados. A nuvem foi uma mudança radical na implantação de serviços de TI, e esse foi um uso inicial seguro e prático de nuvem privada para empresas. Ele era limitado e não representava o risco de interromper o funcionamento dos recursos de TI na empresa. Como a confiança na adoção de SaaS ou aplicações de missão crítica se desenvolve ao longo do tempo, principalmente devido ao poder de processamento, avanços de armazenamento, avanços de memória e avanços de rede, prevemos a adoção de aplicativos tipo SaaS enquanto a procura por serviços IaaS e PaaS diminuem. “
Do lado dos consumidores (usuários), vídeos e redes sociais representarão um aumento considerável no armazenamento de informações. Até 2020, o tráfego de armazenamento em nuvem do consumidor (por usuário) será de 1,7 GB por mês, comparado a 513 MB por mês em 2015. Em 2020, as atividades de Streaming de vídeo representarão 34% do consumo total dos usuários, comparado aos 29% em 2015. Nos próximos quatro anos, 59% (2,3 bilhões de usuários) dos consumidores usarão o armazenamento pessoal em nuvem diferente dos 47% (1,3 bilhão de usuários) em 2015.
Conclusão
A ideia de desenvolver tecnologias mais interativas, tem como objetivo possibilitar a atuação e análise dos dados praticamente em tempo real. Um dos dilemas para a internet das coisas é o modo de comunicação entre os dispositivos, já que os mesmos são desenvolvidos por empresas diferentes. Prepare-se para viver em um mundo muito mais conectado.