Nos últimos anos, o número de golpes e crimes virtuais tem crescido bastante, junto ao maior acesso à tecnologia. Ao contrário do que alguns pensam, as pequenas e médias empresas costumam ser os alvos mais comuns desses golpes, não as grandes instituições. Por isso, é importante entender como golpistas atacam as PMEs e como você pode proteger seu negócio.
Um dos motivos para estabelecimentos menores serem alvos comuns é que, em muitos casos, seus gestores não têm o mesmo preparo ou preocupação com a manutenção da segurança. Como resultado, são alvos mais fáceis, que geram lucro rápido para os criminosos. Felizmente, você pode se proteger contra a maioria deles apenas sabendo como acontecem.
Para ajudar a se proteger desses golpes, vamos falar um pouco sobre os métodos mais comuns usados para atacar as pequenas e médias empresas e quais problemas esses golpes podem causar. Acompanhe.
Com quais ações os golpistas atacam as PMEs?
Junto às novas tecnologias e sistemas, também surgem novas formas de aplicar golpes contra seus usuários. Alguns dos métodos mais usados por golpistas que querem tirar vantagem de pequenos empreendedores. Vejamos alguns deles.
Falso aviso de segurança
Esse é um ponto comum para muitos usuários, não apenas em empresas. Acontece quando você navega por sites não seguros e recebe uma notificação ou pop-up dizendo que seu navegador tem um vírus ou vulnerabilidade. A página pede que você faça um download para corrigir isso e o conteúdo do pacote vem com um vírus.
Felizmente, esse tipo de aviso é bem fácil de notar, pois ele vem da página, não do antivírus ou firewall usado pela empresa. Basta prestar atenção antes de clicar em qualquer coisa e manter seus próprios sistemas de segurança bem atualizados.
Notificação de órgãos fiscais
Outra forma de golpe comum, a qual pode ser mais difícil de identificar, é o envio de um e-mail ou outra mensagem de um órgão fiscal, o qual pede documentos ou o pagamento de multas. Para novos empreendedores, os quais não entendem bem como isso funciona, pode ser mais difícil identificar esses golpes.
A primeira coisa a saber é que, na maioria das vezes, órgãos fiscais não pedem documentos ou pagamentos via e-mail. Multas, em particular, costumam chegar via telegrama. Segundo, caso receba um e-mail, verifique se o remetente está correto. Se ainda houver dúvida, entre em contato com o órgão ou verifique seu registro para ter uma confirmação.
Notificações bancárias
Da mesma forma que ocorre com os órgãos fiscais, muitos golpistas se disfarçam de uma instituição bancária para tentar enganar os pequenos empreendedores. No caso dos microempreendimentos, em que não há distinção entre os bens pessoais e os da empresa, isso pode ser bem mais alarmante.
Podem ser mensagens pedindo pagamento de dívidas ou falando sobre problemas na conta, levando você a uma página para roubar seus dados. Mais uma vez, você deve se atentar aos detalhes. Se encontrar alguma mensagem suspeita, busque os canais oficiais de atendimento para tirar sua dúvida.
Oferta de serviço não esclarecido
Outro recurso comum dos quais os golpistas se valem é a criação de empresas de fachada, as quais dizem oferecer determinados serviços para sua empresa, mas têm como intenção final pegar o dinheiro do negócio ou fazer o roubo de seus dados. Dependendo de quem aplica o golpe, ele pode ser bem difícil de identificar.
Antes de contratar qualquer serviço, é importante se atentar a algumas coisas:
- verifique o CNPJ da empresa que ofereceu o pacote;
- pesquise a opinião de outros usuários;
- veja se consegue encontrar um histórico, um domínio e certificados;
- sempre peça recibos e registros claros para as transações;
- não aceite contratos com termos muito vagos ou sem uma forma de confirmar sua validade.
Essas regras valem tanto para quando você busca um serviço quanto quando recebe uma proposta.
Mensagem de suporte técnico não contratado
Uma das formas mais comuns como golpistas atacam as PMEs, assim como muitos outros usuários comuns, é através de falsas mensagens de um suporte técnico o qual você não contratou. Em geral, o criminoso entra em contato para notificar você sobre algum “problema” em sua rede, pede acesso remoto e comete o resto do crime a partir daí.
Pode pedir que você faça login em algum site para roubar seus dados bancários ou de clientes, pode fazer sequestro de dados, entre outras atitudes possíveis. Porém, para que isso aconteça, os criminosos precisa da ajuda de alguém de dentro. Sendo assim, é fácil evitar esse tipo de golpe quando você e sua equipe já conhecem esse método e encontram os sinais rapidamente.
Quais as principais consequências para quem cai nesses golpes?
A forma como golpistas atacam PMEs é apenas o caminho, mas os verdadeiros objetivos são coletar informação e/ou conseguir o dinheiro da sua empresa. Algumas das ferramentas usadas estão a seguir.
Spyware
Como o nome diz, esses são softwares criados para espionar as atividades dentro de um computador ou sistema, coletando dados sigilosos. Podem ser úteis para facilitar futuras invasões ou simplesmente para captar esses dados e usá-los para cometer outros crimes, como falsificação de documentos e roubos.
Sequestro de dados
Em alguns casos, em vez de usar a informação para um ato ilícito diretamente, o golpista copia dados importantes, deleta a versão original, entra em contato com você e pede um “resgate” por conta desse vazamento de dados. Caso não seja pago, eles podem ser expostos, comprometendo sua empresa.
Roubo de chave criptográfica
Muitos sistemas usam criptografia para garantir sua segurança, especialmente assinatura eletrônica de documentos. Um crime virtual que resulta disso é o roubo da sua chave criptográfica, permitindo que o golpista tenha emita documentos em seu nome e cometa vários outros crimes.
Agora que você entende melhor como golpistas atacam as PMEs e quais são as principais consequências desses ataques, pode começar a tomar atitudes para se proteger. Estar atento na hora de navegar ou aderir a algum serviço pode poupar de muitos desses problemas.
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