O que são cryptocurrencies? Mito do século XXI ou as moedas do futuro? Este artigo esclarece um dos fatores mais importantes sobre cryptocurrencies. Depois de ler, você terá mais conhecimento sobre este assunto do que a maioria das pessoas.
Hoje as cryptocurrencies tornaram-se um fenômeno mundial. No entanto ainda são vistas de forma nerd e esse sistema não é tão compreendido pela maioria das pessoas. Bancos, governos e grandes empresas estão cada vez mais cientes da sua importância neste diversificado mundo digital.
Muitas empresas de softwares, bancos e até mesmo instituições governamentais já andam pesquisando sobre essa nova maneira de investir. Em 2017, você terá dificuldade em encontrar um grande banco, uma empresa de software, grande empresa ou governo que não pesquisou sobre cryptocurrencies, publicou um artigo ou iniciou projeto blockchain (banco de dados distribuídos de contabilidade pública que registra as transações bitcoin).
“As moedas virtuais, talvez a mais notável, a Bitcoin, capturaram a imaginação de alguns, causou medo em outros e confundiram o restante das pessoas” – Thomas Carper, Senador dos Estados Unidos
Além dos murmurinhos e informações que circulam pela internet, a grande maioria das pessoas comuns – até mesmo banqueiros, consultores, cientistas e desenvolvedores – detêm um limitado conhecimento sobre cryptocurrencies e muitas vezes não conseguem entender os conceitos básicos desta moeda digital. Muitos a veem com desconfiança, levando em consideração que suas transações não são intermediadas por instituições financeiras e muitos governos não a reconhecem como sendo uma moeda de fato.
Como as cryptocurrencies surgiram sendo produtos secundários do dinheiro digital?
Poucas pessoas sabem, mas as cryptocurrencies surgiram como um produto secundário do programador desconhecido Satoshi Nakamoto, o criador da moeda virtual Bitcoin, a primeira e mais importante do mundo. Em seu anúncio sobre o Bitcoin em 2008, Satoshi falou que desenvolveu “um sistema de dinheiro eletrônico de ponta a ponta”.
Anunciando a primeira versão do Bitcoin como um novo sistema de moeda eletrônica que usa uma rede de ponta a ponta para evitar gastos duplos e falsificação. Completamente descentralizado, sem servidor ou autoridade central. – Satoshi Nakamoto, 09 de Janeiro de 2009, ao anunciar o Bitcoin no SourceForge
A parte mais importante desta grande invenção foi que ele encontrou uma maneira de construir um sistema de moeda digital descentralizado de um único servidor diferentemente da maioria das outras tentativas que foram feitas nos anos noventa, mas todas falharam. Ao observar que todas as tentativas centralizadas tinham falhado, Satoshi criou um sistema de pagamento digital sem a necessidade de uma entidade central. Como exemplo, podemos citar uma rede Peer-to-Peer para compartilhamento de arquivos. Era o que faltava para Satoshi acertar e assim criar a moeda digital.
O que realmente são cryptocurrencies?
Ao definir de forma simples as cryptocurrencies, você verá que são apenas entradas limitadas em um banco de dados que ninguém pode mudar sem cumprir condições específicas.
Da mesma forma funciona o dinheiro em sua conta bancária. São entradas em um banco de dados que só podem ser alteradas sob condições específicas. Você pode até mesmo adquirir moedas e notas físicas que por sua vez são entradas limitadas em um banco de dados físico público que só pode ser alterado se você corresponder à condição do que realmente possui em sua conta. Na verdade o dinheiro real se trata de uma entrada verificada em algum tipo de banco de dados de contas, saldos e transações.
Como os mineradores criam moedas e confirmam suas transações
Vamos dar uma olhada no mecanismo que controla os bancos de dados das cryptocurrencies. O Bitcoin consiste em uma rede de pares. Cada par tem o histórico das transações e, também do saldo de cada conta.
Essa transação na verdade é um arquivo que diz: “João dá X Bitcoin para Maria” e é assinado pela chave privada de João. Basicamente é uma criptografia de chave pública, nada de especial. Após a assinatura, uma transação é transmitida na rede, enviada de ponto a ponto. Esta é a tecnologia p2p básica.
Toda a transação é reconhecida quase que imediatamente pela rede e só é confirmado após um período de tempo. Eles realizam transações, carimbam como legítimas e as espalham na rede. Depois que uma transação é confirmada por um minerador, cada nó tem que adicioná-lo à sua base de dados. Tornando-se parte do blockchain.
Por este trabalho, os mineradores são recompensados com um token da criptografia, por exemplo, com Bitcoins. Uma vez que a atividade do minerador é a única parte mais importante do sistema de cryptocurrencies, devemos nos aprofundar um pouco mais nessa questão.
Afinal O Que Fazem os Mineradores?
Basicamente qualquer pessoa pode comprar e trocar Bitcoins. Para isso, basta se integrar à rede baixando e instalando o programa na página https://bitcoin.org/en/. Uma vez que a rede descentralizada não tem autoridade para delegar essa tarefa, a criptografia precisa de mecanismos de segurança para evitar que um determinado (grupo) realize abusos ex: Imagine que alguém crie milhares de pares e espalhe diversas transações falsificadas? Isto provavelmente faria o sistema quebrar imediatamente.
Então, Satoshi estabeleceu a regra de que os mineradores precisam investir algum trabalho de seus computadores para se qualificar para esta tarefa. Na verdade, eles têm que encontrar um hash – um produto com função criptográfica – que conecta o novo bloco com o seu antecessor. Isso é chamado de prova de trabalho. No Bitcoin, baseia-se no algorítimo SHA 256.
Você não precisa ser um expert em SHA 256. Só é importante que você saiba que pode ser a base de um quebra-cabeças criptológico onde mineradores efetuam transferências semi-anônimas de valores. Depois de encontrar uma solução, o minerador pode construir um bloco e adicioná-lo ao blockchain. Como um incentivo, ele tem o direito de adicionar uma operação chamada moeda base que lhe dá um número específico de Bitcoins. Esta é a única forma de criar Bitcoins válidos.
Cryptocurrencies: O amanhecer de uma nova economia
Devido a suas propriedades revolucionárias as cryptocurrencies tornaram-se um sucesso. Seu inventor, Satoshi Nakamoto, não poupou esforços em elaborar esse sistema complexo, mesmo quando todas as outras tentativas de se criar um sistema de moeda digital não atraíam o interesse de grande parte dos usuários e investidores. O Bitcoin tinha algo que provocou entusiasmo e fascínio e para alguns, parece mais uma religião do que uma tecnologia.
As cryptocurrencies são como ouro digital e se parecem com o dinheiro de papel, sendo seguro da influência política, prometendo preservar e aumentar o seu valor ao longo do tempo. As cryptocurrencies são também um meio de pagamento rápido e confortável com um alcance mundial e são privados e seguros o bastante para servir como um meio de pagamento para mercados negros e toda atividade econômica ilegalizada.
Enquanto o Bitcoin permanecer como sendo a mais famosa cryptocurrency, seus concorrentes não possuirão o mesmo impacto não especulativo fazendo com que investidores e usuários fiquem atentos também a outros tipos de cryptocurrencies. Aqui apresentamos as atuais cryptocurrencies de hoje:
Fonte: coinmarketcap
Além desses, existem centenas de outras cryptocurrencies. A maioria não é nada mais do que tentativas em alcançar investidores e ganhar dinheiro rapidamente, mas muitas delas são usadas apenas para testar as inovações em tecnologia de cryptocurrencies.
Qual é o futuro das cryptocurrencies?
O mercado de investimentos vem sofrendo grandes mudanças por conta das oscilações monetárias, mas isso não muda o fato de que as cryptocurrencies estão aqui para ficar e mudar o mundo. A revolução já está acontecendo e muitos investidores começaram a adquirir cryptocurrencies. Os bancos e governos perceberam que esta invenção tem o potencial de retirar o seu controle do mercado financeiro. As cryptocurrencies prometem movimentar o modelo financeiro direto sem instituições intermediadoras e aos poucos as pessoas podem ficar ao lado observando ou poderão se tornar parte desta nova história tecnológica em construção.
“Se a tendência continuar, uma pessoa comum não será capaz de comprar um bitcoin inteiro em 2 anos. À medida que as economias globais se inflacionam e os mercados exibem sinais de recessão, o mundo vai se voltar para o bitcoin como uma proteção contra a turbulência do mercado financeiro e uma fuga contra os controles de capital pelos governos. Bitcoin é a saída, e as cryptocurrencies como um todo nunca deixarão de existir, e continuarão a crescer no quesito aceitação, à medida que amadurece. ” – Brad Mills – Empreendedor de Tecnologia